Funcionários da MSGás cruzam braços à tarde para ir a audiência na Assembleia
Evento terá a participação de representantes do setor dos correios, energia elétrica, gás e bancos públicos
Os deputados realizam hoje (12), a partir das 14h, audiência pública que vai discutir eventuais privatizações em serviços públicos essenciais tanto no governo estadual, como federal. O debate terá foco em áreas como água, energia, correios, gás e bancos públicos. Representantes dos sindicatos destes setores já confirmaram presença. Para acompanhar a audiência, funcionários da MSGás vão cruzar os braços à tarde.
O evento proposto pelo deputado Pedro Kemp (PT), que vai ocorrer no plenário da Assembleia, terá a participação do Sinergia-MS (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria e Comércio de Energia no Estado de Mato Grosso do Sul), Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, Telégrafos e Similares do MS), além de sindicatos de bancários e dos trabalhadores de industrias de purificação e distribuição de água.
Um dos temas em pauta está o debate sobre propostas de privatizações da Eletrobras, que tem no Estado como braço a Eletrosul, assim como da empresa MS Gás, onde está sendo feito um estudo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), sobre o valor de mercado da empresa.
O diretor do Sinergia-MS, Elvio Viegas, informou que os funcionários da MS Gás de Campo Grande e Três Lagoas irão paralisar as atividades no período da tarde, para participarem da audiência. “A maioria dos países protege essas empresas que geram energia elétrica, porque é um negócio estratégico para a soberania e o desenvolvimento do próprio país”, justificou.
A MS Gás disse em nota que respeita o direito de manifestação de seus colaboradores, sempre que ocorram de modo democrático e responsável. Também lembra que os funcionários informaram oficialmente à diretoria que haverá uma paralisação das suas atividades, no período da tarde.
Ainda cita que a paralisação acontece em virtude da audiência pública na Assembleia Legislativa, a qual tratará das privatizações como um todo e não apenas da Companhia de Gás Natural. "Cabe também destacar ainda, que não haverá nenhum tipo de prejuízo ou riscos às atividades da Companhia". Sobre os colaboradores de Três Lagoas, informa que aqueles não vierem para Campo Grande para audiência, cumprirão expediente normal.