ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  02    CAMPO GRANDE 26º

Política

Gaeco se cala e defesa busca liberdade para presos na Operação Pecúnia

Aline dos Santos | 17/08/2016 09:04
Gaeco investiga crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica(Foto: Fernando Antunes)
Gaeco investiga crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica(Foto: Fernando Antunes)

Com as prisões temporárias da Operação Pecúnia válidas até sexta-feira (dia 19), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) não divulga detalhes sobre depoimentos e as defesas buscam a liberdade dos quatros presos. Os alvos foram a ex-primeira-dama Andreia Olarte (Pros); o prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (Pros); o empresário Evandro Simões Farinelli; e o corretor Ivamil Rodrigues de Almeida.

“A prisão vale até sexta-feira e estamos trabalhando para tirar. Pedi a revogação da prisão. Ele já foi interrogado na segunda-feira, fez todos os esclarecimentos, apresentou documentos, não tem por que manter preso. Só quero que a Justiça faça Justiça”, afirma o advogado Paulo Nagata, que atua na defesa de Evandro Farinelli. Ele está preso no Centro de Triagem.

A defesa de Gilmar Olarte acionou o STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas ainda não houve decisão no pedido de habeas corpus. Nesta quarta-feira, a reportagem não conseguiu contato com os advogados de Gilmar e Andreia Olarte.

Ontem, a Justiça negou o pedido de liberdade do corretor Ivamil Rodrigues. Andreia Olarte passou mal segunda-feira na cela da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), foi para o hospital na manhã de ontem, retornando para a prisão.

Ontem, a pedido da defesa, ela foi transferida para o Garras (Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros), em Campo Grande.

De acordo com o Gaeco, braço do MPE (Ministério Público Estadual), as investigações começaram a partir dos dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de Andréia Olarte e de sua empresa, denominada Casa da Esteticista.

Ainda segundo a operação, entre 2014 e 2015, enquanto Olarte ocupava o cargo de prefeito, Andréia adquiriu vários imóveis na Capital. Alguns bens ficaram em em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias (dinheiro, transferências bancárias e depósitos). Conforma a investigação, a princípio, os bens são incompatíveis com a renda do casal.

Ivamil Rodrigues é apontado como braço direito do casal nas aquisições imobiliárias fraudulentas e Evandro Farinelli é suspeito de ceder o nome para que as aquisições fossem feitas. As quatro prisões são temporárias. São investigados os crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica. Pecúnia é uma palavra feminina que significa dinheiro. Nesta quarta-feira, a assessoria de imprensa do Ministério Público o Gaeco não vai se pronunciar.

Nos siga no Google Notícias