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Política

Gestão Olarte fixa meta-limite de gasto com pessoal em 50% da receita

Josemil Arruda | 07/05/2014 16:01
Gilmar incumbiu equipe de aumentar receita em R$ 300 milhões (Foto: Marcelo Victor)
Gilmar incumbiu equipe de aumentar receita em R$ 300 milhões (Foto: Marcelo Victor)

Após as negociações salariais recentemente encerradas e os anúncios de reajustes, em função de a data-base dos servidores municipais de Campo Grande ser maio, a gestão do prefeito Gilmar Olarte (PP) trabalha com a perspectiva de que a folha de pagamento compromete até o final deste ano no máximo 50% da Receita Corrente Líquida (RCL). Como essa receita da Capital, segundo o secretário-adjunto de Planejamento, Finanças e Controle, Ivan Jorge, atinge este ano pelo menos R$ 2, 371 bilhões, o gasto com folha de pagamento chegará a R$ 1,185 bilhão neste exercício.

Em que pese a meta da administração municipal de não superar 50%, Ivan Jorge deixou claro que a pretensão da área de receita e finanças da prefeitura é um limite de gasto com pessoal menor. “Queremos que volte aos mesmo patamares de antes do reajuste, quando estava em 46% da Receita Corrente Líquida”, explicou ele, observando que ficar perto do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é 51,30% (o limite mesmo é 54% para o Executivo municipal), é arriscado e acaba inibindo os investimentos no desenvolvimento da cidade.

Em razão do crescimento de 10,29%, a receita líquida foi a R$ 2, 371 bilhões, mas a intenção é incrementá-la ainda mais, a fim de que o gasto com pessoal não passe de 46%. “O trabalho do prefeito é colocar mais R$ 300 milhões”, disse Ivan Jorge, enfatizando que trata-se de uma projeção factível, já que a média do crescimento da receita nos três anos antes de Bernal era de 17,4%, tendo ficado em apenas 3,16% em 2013. “O problema de Campo Grande foi a grande perda de receita”, diagnosticou.

Com o reajuste médio de 8% para os servidores, mas garantiu aos professores 18,3%, o secretário-adjunto calculou que a folha de pagamento mensal teve um incremento médio de R$ 11 milhões. “O impacto agora em maio é de R$ 9,653.323,00 e a partir de outubro vai ser de R$ 13.129.093,00 ao mês”, revelou. Quanto à folha de pagamento, que em abril foi de R$ 86,7 milhões, vai para R$ 96,4 milhões em maio e chega a R$ 99,8 milhões a partir de outubro.

A folha de pagamento do funcionalismo público, observou Ivan Jorge, cresce mesmo quando não há reajuste salarial ou pagamento de férias e 13º salário. “A folha sobe 1% ao mês, que é crescimento vegetativo. O servidor muda de letra, completou o ciclo ganha mais”, explicou.

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