Governador do RJ quer fechar fronteira com o Paraguai: “Mando policiais”
A fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul é corredor para crimes, como tráfico de armas e drogas
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O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), adotou tom radical em relação ao Paraguai. Ele anunciou que pretende processar o país vizinho de Mato Grosso do Sul na ONU (Organização das Nações Unidas) pelo tráfico de armas, sugeriu o fechamento da fronteira e se e se prontificou em enviar policiais do Estado para ajudar na tarefa. Conforme a Agência Brasil, as declarações foram dadas ontem (dia 27), no Palácio Guanabara, após evento com empresários.
“Vamos fechar a fronteira com o Paraguai. Não comercialmente, mas policialmente. Eu colaboro, mando policiais para a fronteira. E vou pedir a outros estados que mandem policiais para lá. Não é possível que o Brasil continue sangrando com essas armas e ninguém faça nada. Determinei à Procuradoria-Geral do Estado que iniciasse estudos para nós representarmos o Paraguai perante a ONU e a Corte Interamericana dos Direitos Humanos. O Paraguai é um grande comerciante de armas e não tem controle para quem as vende. As armas do Paraguai, dados da Polícia Rodoviária Federal, indicam que vêm pela fronteira à vontade”, disse Witzel.
Witzel afirmou que a violência no Rio de Janeiro não é responsabilidade exclusivamente do governador, mas de todos, principalmente do governo federal.
O fechamento da fronteira com Paraguai e Bolívia, corredores para o crime, é defendido, de forma reiterada, pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Fabricadas mundo afora, armas ilegais passam pelo Paraguai, ganham as vias de Mato Grosso do Sul e chegam a São Paulo e Rio de Janeiro.
Em recente entrevista ao Campo Grande News, o delegado Alan Wagner Nascimento Givigi, da Polícia Federal, disse que a facilidade na importação justifica a “preferência” pela fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai para ingresso de armas ilegais.