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Política

Governo procura PF para saber sobre empreiteiras da Lama Asfáltica

Paulo Yafusso | 13/07/2015 19:05
Governador disse que técnicos foram conversar com PF sobre contratos do governo (Foto: Fernando Antunes)
Governador disse que técnicos foram conversar com PF sobre contratos do governo (Foto: Fernando Antunes)

Técnicos do Governo do Estado estiveram nesta segunda-feira na sede da Superintendência da Polícia Federal conversando com o delegado responsável pela Operação Lama Asfáltica, deflagrada no último dia 9 em Campo Grande. Segundo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), eles foram levantar informações sobre as empreiteiras que são alvo da investigação, para que o Governo possa decidir se haverá ou não necessidade de suspender os contratos em andamento com essas empresas. “Eles foram conversar com o delegado sobre a ação judicial, para saber se recomendam ou não a suspensão dos contratos”, afirmou.

Segundo o governador, eles também foram verificar se os documentos solicitados pelos órgãos que participam da investigação são os que já oram entregues. Sobre a obra do Aquário do Pantanal, que poderá ser alvo de uma nova fase da Operação Lama Asfáltica, Azambuja disse que em princípio não se discutiu o assunto, já que a obra não recebeu recursos federais.

A possibilidade da obra do Centro de Pesquisa e de Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira, nome técnico do Aquário do Pantanal, foi levantada pelo chefe da Controladoria Geral da União (CGU), José Paulo Barbiere, já que o projeto conta com um convênio com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Como se trata de um órgão federal, a CGU e PF poderão investigar se houve destinação de recurso para o empreendimento.

A possibilidade de rever os contratos em andamento com as empresas investigadas foi levantada também hoje pela manhã pelo prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP). Ele disse que orientou a PGM (Procuradoria Geral do Município) a analisar todos os contratos da Prefeitura com essas empresas e caso seja detectada alguma irregularidade, medidas serão tomadas. “Se houver algum indicativo nesse sentido, os procuradores vão me informar e as medidas que forem necessárias nós vamos tomar”, afirmou Olarte.

Ao ministério público, a Prefeitura de Campo Grande informou que a Proteco Engenharia atualmente mantém três contratos para execução de obras ainda em andamento na Capital, e cujos valores somam R$ 14.864.231,30. Já a LD Construções Ltda, também alvo da Operação e que pertence ao genro de João Amorim, dono da Proteco, executa outros cinco projetos, num total de R$ 15.859.603, 65, conforme dados que constam no processo.

A Operação Lama Asfáltica foi realizada na última quinta-feira pela PF, CGU, Receita Federal e Ministério Público Federal, com o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão de material sobre o esquema montado pelas empreiteiras para corromper servidores públicos e fraudar licitações. De acordo com os responsáveis pelas investigações, só nos contratos já analisados que somam R$ 45 milhões, foi detectado prejuízo de R$ 11 milhões.

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