Impeachment passará com 14 votos em comissão, calcula senadora de MS
A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) acredita que o placar pela admissibilidade do impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), na Comissão Especial do Senado, deve ser de 14 a 6, sem considerar o voto do presidente, que será definido ainda na manhã desta terça-feira (26) entre os 21 senadores que compõem o colegiado. Na ocasião, também será escolhido o nome do relator.
Segundo Simone Tebet, em entrevista ao Jornal das Sete da FM UCDB também nesta manhã, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) deve ser nomeado presidente e o mineiro Antônio Anastasia (PSDB) deve ser escolhido relator da Comissão, conforme acordo entre os blocos opositores ao governo, que manteria no voto a indicação do peessedebista. Senadores governistas estariam questionando o nome do senador justamente por seu partido ser a favor do afastamento da presidente Dilma.
Os nomes dos 21 senadores titulares e seus suplentes para compor a comissão, criada ontem, foram confirmados por votação simbólica nessa segunda-feira, conforme indicação das bancadas partidárias na semana passada. O presidente foi indicado pelo PMDB por ter a maior bancada no Senado e a relatoria caberia ao bloco da oposição (PSDB, DEM e PV), seguindo a proporcionalidade de bancadas.
Simone disse também que até o dia 11 de maio a comissão deve fazer a votação do processo de admissibilidade. “É um prazo curto em que vamos apenas verificar se o processo votado na Câmara está dentro da legalidade. Não é agora que vamos entrar no mérito do processo”, explicou. Diante disso, a tendência é que o impeachment seja admitido no Senado, segundo a senadora.
Sendo admitido no Senado, a presidente Dilma será afastada por seis meses e assume em seu lugar o vice-presidente Michel Temer com todos os direitos de presidente da República para administrar o País. Nesse período, o processo de impeachment será julgado em seu mérito pelos senadores sob o comendo do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski.
Caso neste período seja comprovado no processo o crime de responsabilidade cometido pela presidente Dilma, ela perde o mandato e ficha inelegível por oito anos. Se não for configurado o crime, a presidente retoma o cargo.