Joenildo diz que TJ ou Amamsul tomará medidas contra Bernal
O presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Joenildo de Souza Chaves, está analisando o vídeo em que o ex-prefeito Alcides Bernal (PP) acusa parte de magistratura de ser “corrupta, marginal” em razão de manter a cassação de seu mandato. “Estamos analisando o vídeo e com certeza o Tribunal de Justiça ou a Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul vai tomar alguma medida”, afirmou o chefe do Poder Judiciário.
Para Joenildo, em que pese o ex-prefeito afirmar no vídeo que “alguns” juízes estariam se orientando por interesses pessoais e não da justiça, “acaba atingindo a toda a classe”. No vídeo, Bernal afirma alguns magistrados “são oportunistas, que são tratados por alguns como juízes, mas que outros sabem que se tratam de de lobos travestidos em pele de cordeiro, ou corruptos, marginais travestidos na pele de magistrados”.
Informou, porém, que antes de qualquer medida judicial, terá de ser avaliado tecnicamente o tipo de gravação e as circunstâncias. “Temos de ver a autenticidade do vídeo, para depois tomar as providências”, disse Joenildo.
O presidente da Associação dos Magistrados de MS (Amamsul), juiz Wilson Leite Corrêa, informou que já determinou à assessoria jurídica da entidade que analise o vídeo e tome as providências cabíveis. “Tomei conhecimento do vídeo agora à tarde e já determinei à nossa assessoria jurídica que analise o vídeo”, informou ele.
Wilson Corrêa considera que que Bernal fez “afirmações genéricas” no vídeo, “sem identificar qualquer juiz”, o que seria negativo quando a toda a classe da magistratura. “Vamos analisar as medidas que vamos adotar”, apontou.
Pedido de Bernal - Está na mesa do presidente do TJ, Joenildo Chaves, o Pedido de Suspensão de Segurança (PSS) proposto por Alcides Bernal para derrubar a decisão que suspendeu seu retorno à Prefeitura de Campo Grande. Indagado se a decisão sai nesta semana, Joenildo respondeu afirmativamente. “Com certeza”, disse.
A tendência é que seja indeferido o PSS em razão de se tratar de ação judicial que só pode ser usada por entes públicos com personalidade jurídica. Como cidadão comum, Bernal não poderia fazer uso desse instrumento processual.