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Política

Jornalista elogia e diz que CPI do Cimi terá repercussão internacional

Mariana Rodrigues e Michel Faustino | 13/10/2015 19:12
O jornalista Nelson Barretto foi o segundo a ser ouvido na tarde desta terça-feira. (Foto: Divulgação)
O jornalista Nelson Barretto foi o segundo a ser ouvido na tarde desta terça-feira. (Foto: Divulgação)

O jornalista Nelson Barretto foi o segundo a ser ouvido na tarde desta terça-feira (13), na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cimi (Conselho Missionário Indigenista). O jornalista fez um apanhado histórico se posicionou contrário a demarcação de terras indígenas no Brasil. Ele ressaltou que o trabalho da Assembleia, em criar a CPI é pioneiro, até onde ele sabe, e vai ser repercutido internacionalmente.

Nelson Barreto, autor dos livros “ Revolução Quilombola” e “Tribalismo Indígena: Ideal Comuno-Missionário para o Brasil no século XXI: 30 anos depois”, foi ouvido após o sociólogo e jornalista Lorenzo Carrasco, primeiro da tarde a falar, que criticou a atuação do Conselho Indigenista, alegando que o órgão descumpre seu papel em relação ao viés missionário.

O jornalista fez um apanhado histórico e se posicionou contrário a demarcação de terras indígenas no Brasil. Ele declarou que o primeiro contato que teve em Mato Grosso do Sul, foi em 2008, quando ele estava em uma conferência junto com o governador de Roraima , José Anchieta,na ocasião, era instituída a criação da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol.

"Teve um portaria da Funai que previa a demarcação em MS e na época eu tive acesso ao relatório assinado pelo então governador André Puccinelli, e fui contrário a demarcação de terra aqui em MS. Esse relatório previa ainda a criação de uma reserva Guarani que abrange uma área de 6 milhões de hectares", lembra.

Desde então Barreto vem acompanhando o cenário aqui no Estado, ele fala ainda que é contrário a demarcação e que isso torna as terras rentáveis e produtivas inutilizadas, assim como ocorreu na Reserva Raposa Serra do Sol, que segundo ele foi abandonada.

Com relação a criação do Cimi, que é objeto da CPI, ele entende que há uma influência direta nos povos indígenas, sendo necessário que seja aprofundado até que ponto existe uma influência negativa que incita a violência resultante em conflitos, como o ocorrido no mês passado que acabou com uma morte em Antonio João.

O plenário Julio Maia, na Assembleia Legislativa, onde aconteceu a oitiva, foi acompanhado por produtores rurais e estudantes e estava lotado. A presidente da CPI, deputada Mara Caseiro (PT do B), lembrou que amanhã (14) vai ter uma reunião da CPI, onde eles vão dar um direcionamento aos trabalhos.

A CPI do Cimi tem a deputada Mara Caseiro (PT do B) como presidente, Paulo Corrêa (PR) na função de relator e Marquinhos Trad (PMDB) de vice-presidente. Pedro Kemp (PT) e Onevan de Matos (PSDB) completam o grupo de trabalho como membros.

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