Juiz mantém prisão de Paulo Bernardo e outros detidos em operação da PF
O juiz federal Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Federal Criminal, em São Paulo, ouviu nesta segunda-feira (27), o advogado Guilherme de Salles Gonçalves, último preso na Operação Custo Brasil, da Polícia Federal, e decidiu manter presos todas as pessoas que foram detidas na operação, entre elas o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, que ocupou o cargo de secretário de Fazenda em Mato Grosso do Sul durante a gestão de Zeca do PT (1999 a 2000).
“A decisão do juiz da 6ª Vara Criminal foi de que os motivos da prisão preventiva permanecem." Isso significa que todos os investigados que foram presos no âmbito da Operação Custo Brasil continuarão na prisão, disse o procurador da República Rodrigo de Grandis.
À Agência Brasil, o procurador informou que, os dez presos que estão em São Paulo continuarão detidos na sede da Superintendência da Polícia Federal na Lapa, zona oeste da capital, onde deverão ser ouvidos até o fim desta semana.
De Grandis acrescentou que o Ministério Público tem “vários elementos” para acusar os investigados. “Não só colaborações premiadas, mas elementos documentais, provas técnicas ee-mails”, afirmou.
Prisões – Doze pessoas foram na Operação Custo Brasil na quinta-feira (23), quando foi deflagrada a ação, que apura um esquema de desvio de verbas no sistema de gestão do crédito consignado no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
O ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, Joaquim José Maranhão da Câmara, Daisson Silva Portanova, Dércio Guedes de Souza, Emanuel Dantas do Nascimento, Nelson Luiz Oliveira Freitas, Washington Luis Viana e Valter Correia da Costa, ex-secretário de municipal de Gestão de São Paulo, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que já estava sob custódia em Curitiba e o advogado Guilherme de Salles, que estava em Portugal.