Justiça volta a pedir prisão de “República de MS” em Campinas
Após a promotoria apresentar denúncias, ontem, a Corregedoria da Polícia Civil de Campinas (SP) cumpre sete mandados de prisão preventiva e, entre os alvos da operação desencadeada hoje pela manhã, estão o ex-prefeito de Corumbá, Ricardo Cândia, o ex-diretor da Sanesul, Aurélio Cance Júnior, e o ex-secretário de Cultura em Campo Grande, Francisco Lagos.
O trio da “República de Mato Grosso do Sul” é considerado foragido pela Polícia.
Segundo informações do grupo Rac (Rede Anhanguera de Comunicação), nas ações desta sexta-feira foram presos o ex-secretário de Segurança Pública de Campinas, Carlos Henrique Pinto, e o ex-diretor financeiro da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A).
Também são considerados foragidos a primeira-dama do município, Rosely Nassim, e o vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT). As investigações até agora não conseguiram provar envolvimento do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT).
Ricardo Cândia, que foi diretor de Planejamento da Prefeitura de Campinas (SP), e Aurélio Cance Júnior, ex-diretor da Sanasa, chegaram a ser presos no dia 20 de maio na primeira operação desencadeada em Campinas. Ficaram uma semana detidos. Cândia é apontado como braço direito da primeira-dama, acusada de chefiar o esquema.
Francisco Lagos, ex-diretor de Comunicação no município campinense, foi apontado como foragido na primeira ação. Ele e Cance Júnior foram beneficiados com revogação de previsão preventiva.
O Ministério Público investiga, desde 2009, o possível envolvimento de integrantes do alto escalação da prefeitura, supostamente chefiados pela mulher do prefeito e ex-chefe de gabinete, Rosely Nassim, na cobrança de propina nos processos de licitações de obras e serviços da Sanasa.
Em janeiro deste ano, a investigação foi estendida e passou a apurar também a liberação de alvarás para a construção de empreendimentos com parcelamento irregular do solo. A aprovação do uso de terrenos particulares para a instalação de antenas é alvo de outro procedimento da promotoria.
O esquema teria gerado prejuízo de R$ 615 milhões aos cofres públicos dos municípios.