Mais um não: ministra do STJ nega liberdade para André Puccinelli
O ex-governador, o filho e João Paulo Calves foram presos em 20 de julho pela Polícia Federal
O pedido de liberdade do ex-governador André Puccinelli (MDB), preso desde 20 de julho, teve nova negativa no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ontem (dia 7), o mérito do habeas corpus “não foi conhecido” pela ministra Maria Thereza de Assis Moura. O documento também pedia liberdade para os advogados André Puccinelli Júnior e João Paulo Calves.
A primeira negativa foi em 27 de julho, quando o ministro Humberto Martins não concedeu a liminar. Ele atuou no caso por ser período de recesso no STJ. Com a retomada dos trabalhos, o habeas corpus foi para a ministra, relatora do processo.
O ex-governador, o filho e Calves já tiveram pedido de liberdade negado também no TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) e aguardam julgamento de habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal). Os três foram presos na operação Lama Asfáltica, força-tarefa da PF (Polícia Federal), CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal.
As prisões estão relacionadas à lavagem de dinheiro por meio do Instituto Ícone, cujo dono oficial é Calves, apontado como testa de ferro de Puccinelli Júnior. Além de ocultação de provas numa quitinete, onde foram encontrados documentos do ex-governador.
Calves está preso em uma sala especial no Presídio Militar de Campo Grande, que tem essa prerrogativa prevista em lei por ser advogado. Já o advogado Puccinelli Júnior abriu mão da sala para ficar ao lado do pai numa cela especial no Centro de Triagem Anísio de Lima, destinada a presos com ensino superior.