Marun diz que aliança com tucanos só se candidato for do MDB
Ministro disse em Dourados que seu partido terá candidato ao governo de MS e vê pouca chance de uma aliança com PSDB
O ministro da Secretaria de Governo Carlos Marun disse hoje (23) que existe “possibilidade quase zero” de uma aliança do seu partido, o MDB, com o PSDB para a disputa do governo de Mato Grosso do Sul. A declaração foi feita em Dourados, a 233 km de Dourados.
“Eu vejo com ceticismo essa possibilidade, porque nós teremos candidato. Se o PSDB estiver avaliando nos apoiar, de compor a chapa e apoiar André Puccinelli para o governo é possível essa aliança. Em outra situação essa aliança é impossível”, declarou o ministro.
Junto com o senador Waldemir Moka (MDB), ele participou em Dourados de uma reunião sobre a instalação de um centro de diagnóstico avançado do Hospital do Câncer de Barretos (SP) na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. “Nós vamos ter candidato, não sei se o PSDB está avaliando a possibilidade de nos apoiar”.
Aliança – A posição de Carlos Marun contrasta com a ideia do líder do MDB na Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Rocha, que na terça-feira (20) defendeu a aliança história de seu partido com o PSDB.
Segundo ele, a parceria seria mais interessante para os candidatos a deputado estadual, já que ambas as siglas ganhariam mais força política. Entretanto, reconheceu ser difícil resgatar a dobradinha nesta eleição, já que MDB e PSDB não estão dispostos a abrir mão de candidatura própria.
Na quarta-feira (21), o governador Reinaldo Azambuja admitiu que o PSDB mantém conversas com o MDB e disse que, entre junho e julho, podem ocorrer "surpresas" em relação às candidaturas. "O PSDB conversa sim com o MDB, mas acredito que junho ou julho poderemos ter surpresa nas candidaturas".
Segurança – Carlos Marun também rebateu críticas do governador Reinaldo Azambuja à ausência do governo federal na defesa da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, por onde passa a maior parte da droga consumida no país e boa parte das armas e munições destinadas às facções criminosas.
“Se o Renaldo criticou duramente o governo por causa da segurança ele errou, porque nós temos hoje um governo disposto a fazer. Em breve teremos uma atuação mais forte do Ministério da Segurança Pública nas fronteiras”, afirmou Marun, sem precisar, no entanto, um prazo para o início dessas ações.