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Política

Marun tenta minimizar pena do 'enrolado' aliado Eduardo Cunha

Mayara Bueno | 06/09/2016 13:20
Deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS). (Foto: Agência Câmara)
Deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS). (Foto: Agência Câmara)

Aliado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS), tentará utilizar um mecanismo que poderá minimizar a pena de Cunha. Na segunda-feira (12), o ex-presidente da Câmara dos Deputados deve enfrentar o processo de cassação de seu mandato.

No plenário, o parlamentar vai defender que os parlamentares votem um projeto de resolução, que diferente do parecer (que recomenda a cassação) do Conselho de Ética, permite o recebimento de emenda, inclusive para abrandar a pena do acusado. “O regimento manda que seja votado por meio de um projeto de resolução e nós vamos arguir o que manda a lei. Independente do resultado, nós só queremos cumprir a lei”, afirmou o deputado.

Sobre a possibilidade de apresentar emendas, que poderiam ajudar Cunha, Marun lembrou que, de qualquer forma, para serem aprovadas, precisam da maioria do plenário.

De acordo com informações do site Congresso Em Foco, aliados de Cunha apostam em duas formas para evitar a cassação do colega: esvaziar a sessão e, caso isso não seja possível, trocar a pena de perda de mandato pela suspensão temporária, de 90 dias ou até seis meses. Parte dos peemedebistas ainda analisaria a alternativa de faltar à Câmara para tentar derrubar a sessão por falta de quórum e forçar o adiamento da votação para, pelo menos, depois das eleições.

A recomendação da perda do mandato de Cunha foi aprovada pelo Conselho de Ética, por 11 votos a 9, em 14 de junho. A decisão ocorreu 245 dias após a representação da Rede e do Psol ter sido entregue ao colegiado. Nesse período, aliados de Cunha promoveram uma série de manobras protelatórias, que incluíram a troca de relatoria e diversos recursos ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Enquanto isto, funcionários da Câmara estariam tentando, desde a sexta-feira (2), localizar Cunha para notificá-lo sobre a sessão que analisará, na segunda-feira, o parecer do Conselho de Ética. Mas, até agora, ele não teria sido encontrado, de acordo com informações do Congresso Em Foco.

O processo envolve apenas uma das acusações existentes contra Eduardo Cunha: a possível quebra do decoro parlamentar por ter negado possuir contas no exterior, em depoimento à CPI da Petrobras no ano passado.

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