Marun defende Cunha e diz que decisão do STF foi abuso de poder
Deputado de MS participou de reunião no Conselho de Ètica
O deputado federal Carlos Marun (19) voltou a defender seu colega de partido, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que prestou depoimento no Conselho Ética, na Câmara dos Deputados. Ele ponderou que o afastamento do presidente, por meio de uma liminar, se trata de um "absurdo" e que houve "abuso de poder" do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta decisão.
Marun assumiu recentemente a função de vice-líder do PMDB, na Câmara dos Deputados, em função da ida do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) para o Ministério dos Esportes. Entretanto sempre apoiou Cunha nos debates e reuniões do Conselho de Ética.
Ele criticou hoje (19) a decisão do STF de afastar o correligionário, que segundo ele, é uma prerrogativa dos deputados. “Foi um abuso de poder do Supremo em relação aos trabalhos desta Casa. Houve uma evidente intromissão nos assuntos da Casa”, afirmou.
Também pediu aos integrantes do Conselho de Ética, que se atenham as questões referentes ao mandato de Cunha, iniciado em 2015. "Qualquer menção a vantagem indevida é uma prerrogativa do Supremo, onde a defesa e a acusação terão o tempo necessário para expor seus argumentos".
O deputado ponderou que deve ser dada "defesa absoluta" para Cunha, durante a análise do seu processo, por falta de decoro parlamentar. Outros deputados aproveitaram o debate para acusar e defender o presidente afastado.
Cunha é acusado de mentir durante sessão de CPI da Petrobras, sobre propriedades de contas que tinha no exterior. Ele voltou a negar as acusações. "Se eu possuísse investimentos, certamente eles estariam declarados. Eu sou beneficiário de um truste.Os investimentos e o patrimônio não me pertenciam".