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Política

Marun diz que não há provas em acusações contra Eduardo Cunha

Leonardo Rocha | 02/06/2016 13:18
Marun diz que pediu vistas para analisar melhor relatório contra Cunha (Foto: Câmara dos Deputados)
Marun diz que pediu vistas para analisar melhor relatório contra Cunha (Foto: Câmara dos Deputados)

O deputado federal Carlos Marun (PMDB) diz que não há provas nas acusações feitas contra o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele fez parte de um grupo de parlamentares que pediu vistas ao relatório final, apresentado ontem (01), no Conselho de Ética.

Com esta ação, o processo contra Cunha, só vai voltar em pauta na próxima terça-feira (2). "Foi um pedido conjunto, que foi bem aceito, até porque ninguém reclamou. A intenção é conhecer e analisar com calma o relatório, para estarmos preparados para os debates na semana que vem", disse Marun.

O deputado ponderou que em uma análise prévia, as acusações contidas no relatório estão sem provas. "Parece um relatório de uma ação penal comum, desprovido de provas, nossa ação (pedido de vistas) se trata de um direito básico".

Sobre a reclamação da lentidão do processo, Marun justificou que este "começou a andar", depois que a presidente Dilma Rousseff (PT), "parou de tentar acelerar os trâmites", já que segundo ele, a intenção era afastar Cunha da condução do impeachment na Câmara. "O que fazíamos era apenas pedir para que se cumprisse o regimento, com recursos".

O deputado acredita que o processo contra Cunha seja avaliado e julgado até o dia 15 de junho. Ele explicou que são 21 membros no Conselho de Ética, se for aprovado por maioria simples, segue para votação no Plenário, caso seja rejeitado, o grupo vencedor aponta um novo relator, que vai analisar toda a matéria novamente.

O relator do processo, o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), apresentou ontem (01), seu voto a favor da cassação de Cunha, destacando no relatório que houve quebra de decoro parlamentar, quando o peemedebista não informou a existência de contas no exterior durante depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras.

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