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Política

Mesmo sem concurso, irmã de Trad se aposenta com salário de R$ 13 mil

Waldemar Gonçalves | 30/09/2016 12:55
Fátima Trad, beneficiada com cargo público mesmo sem ter feito concurso (Foto: Reprodução / internet)
Fátima Trad, beneficiada com cargo público mesmo sem ter feito concurso (Foto: Reprodução / internet)

Sobrenome influente e ligação próxima com o poder trazem possibilidades para poucos em Mato Grosso do Sul. Este é o caso de Fátima Trad Martins, advogada que conseguiu aposentadoria de R$ 13,6 mil no Poder Público sem nunca ter prestado concurso e, ainda, emplaca gente 'da família' em posições confortáveis.

Fátima é filha de Nelson Trad, político de extenso currículo falecido em 2011. Advogada, ganhou do pai um cargo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul em 1983, foi efetivada três anos depois e por lá se manteve até 2015, quando se aposentou com proventos integrais.

Ela saiu, mas o marido de Fátima, Leandro Mazina Martins, ainda figura no quadro de funcionários da casa. Também sem concurso, está lotado como médico na Assembleia Legislativa.

Fora isso, no gabinete do filho dela, o vereador Otávio Trad (PTB), ocupa cargo comissionado Murilo Barbosa Alves Vieira, genro do irmão dela, o deputado estadual e candidato a prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD). Ela é, aliás, uma das únicas da família que não se aventuraram a disputar um cargo eletivo.

Fátima foi efetivada como funcionária da Assembleia Legislativa, mesmo sem concurso, em 1º de junho de 1986. Sua aposentadoria ocorreu em 2015, por meio do PAI (Programa de Aposentadoria Incentivada). 

A aposentadoria mensal, que chega a R$ 13.697,18, resulta de benefícios que adquiriu ao longo do tempo como 'servidora'. Inclui, além do salário base, encargos de cargo efetivo, adicional por tempo de serviço e proventos. 

Durante os anos em que esteve lotada, a advogada prestou serviço nos gabinetes dos então deputados Waldir Neves, Londres Machado e Armando Anache, conforme sua ficha funcional.

Concurso – O primeiro concurso público da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul ocorreu 37 anos depois da criação da casa de leis. A prova foi aplicada domingo passado (25). Até então, as contratações, a exemplo da nomeação de Fátima Trad, eram feitas por indicação, com muitos sendo efetivados nas funções ao longo dos anos.

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