Moradores pressionam e conseguem devolver nome original à rua de Campo Grande
Rua São Marcos teve o nome devolvido após ser alterado em 2020 pela Câmara de Vereadores
Após pressão dos moradores do Bairro Jardim Jacy, os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande, tiveram que corrigir o nome da Rua São Marcos, que em 2020 passou a se chamar Idiran Santos Fernandes Mineiro.
Isso porque na época, a então vereadora enfermeira Cida do Amaral defendeu o PL (Projeto de Lei) 9849/20, que alterou a conotação da via através da assinatura de 18 moradores, entre proprietários e inquilinos, o que possibilitou o aval perante o regimento.
Em 2022, um grupo de moradores procurou o vereador Valdir Gomes (PSD) com um novo abaixo-assinado que tinha apoio de 41 proprietários e 15 inquilinos, pedindo a revogação da lei. Na justificativa, eles afirmavam que quem havia assinado anteriormente não foi informado corretamente sobre a decisão.
Revogação- No dia (5) de abril, a prefeita Adriane Lopes (Patriotas) sancionou a lei n.6529 de revogação que determina a correção do nome no trecho que integra três quadras do Jardim Jacy.
"Art. 1º Fica revogada a Lei n. 6.529, de 17 de dezembro de 2020 que alterou a denominação da Rua São Marcos para Rua Idiran Santos Fernandes “Mineiro”. Art. 2º Fica restabelecida de "Rua São Marcos" a denominação do trecho compreendido entre a Av. Bandeirantes e Av. Laudelino Barcelos, na Vila Jacy. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala de Sessões, 22 de fevereiro de 2022", disse o texto.
Reivindicação- Morador antigo da rua há 23 anos, o militar da reserva Veranício Carlos Lovison de 68, conta que a mudança gerou muito transtorno e prejuízo para a população, inclusive para ele.
"Tivemos muitos problemas por causa disso, eu perdi a garantia de um umidificador porque era para chegar e não chegava, não achavam a rua de jeito nenhum, assim como as correspondências, porque até o CEP e o nome do bairro foi alterado, aqui era Vila Bandeirantes e virou Jacy, se você olhar a placa ali vai ver", lamenta.
Veranício não foi o único que relatou o perrengue que passou durante o período, a aposentada Iridês Menegett Tietz de 80 anos, relembra que o filho chegou a levar um prejuízo significativo em sua oficina, que fica ao lado da casa dela.
"Meu filho sempre pedia peças pela internet para fazer o conserto dos clientes, mas o pessoal se confundia com o nome e nunca conseguia entregar, era uma coisa terrível. Quando vieram pedir assinatura eu me recusei, eu nem conheci o Idiran, nem sei quem era, não fez nada pelo nosso bairro então não vejo necessidade", avalia.
