Mudança na Lei das Ferrovias pode melhorar logística em Mato Grosso do Sul
Otimista, secretário Jaime Verruck apoia utilização de recursos obtidos com outorgas em projetos locais
O Congresso Nacional derrubou, na tarde desta quarta-feira (4), vetos a Lei das Ferrovias, que muda de concessão para autorização o modelo de outorga da infraestrutura ferroviária no país, simplificando a exploração desse serviço.
Um dos trechos com veto derrubado determina à União usar metade dos recursos obtidos com outorgas e indenizações em projetos de estados ou do Distrito Federal, proporcionalmente à extensão da malha ferroviária que originou esses valores. Para Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, este ponto favorece a Malha Oeste e Malha Norte.
"A derrubada traz pontos positivos, que podem ajudar. Um deles são as outorgas, agora, o governo terá de repassar pelo menos metade dos recursos obtidos para aplicação de projeto em estados e municípios. Isso é positivo para nós. Dentro da política de desenvolvimento ferroviário do pais, permanece o conjunto da legislação. O MS por exemplo, tem uma autorização que já está em licenciamento pelo governo federal."
No entanto, as concessionárias de ferrovias poderão ainda exercer a preferência, nos primeiros cinco anos de vigência da lei até 2026, na obtenção de autorização de nova ferrovia se o trajeto estiver dentro da área de influência da empresa.
Entenda - Com 1.973,1 quilômetros de extensão, a ferrovia sul-mato-grossense atravessa os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo até fazer conexão com a Malha Paulista, que possui ligação com o Porto de Santos (SP), um dos principais pontos de saída da produção brasileira para o mercado exterior.
O traçado da ferrovia inicia em Corumbá e segue até Mairinque (SP), tendo um ramal de Campo Grande até Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Atualmente, a ANTT executa um projeto de relicitação da estrada de ferro.
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