Na fila desde cedo, eleitores dão motivos variados para se antecipar
Eleitores listam de afazeres pessoais a desejo de cumprir um direito até o fim da vida
Ao menos 40 eleitores formavam fila na Escola Estadual Amando de Oliveira, na Vila Piratininga às 6h30, uma hora e meia antes do início da votação. A justificativa é variada e vai de afazeres pessoais ao desejo de cumprir um direito.
O idoso Carlos Roberto Belli, de 75 anos, é um dos presentes e a corda cedo para cumprir seu direito. Ele disse que vai votar até morrer, pois prefere usar o voto que uma arma. No entanto, com problemas na coluna reclamou da falta de acessibilidade, pois a escola está fechada.
“Eu vivi numa época que ninguém quer voltar. Eu cheguei às 6h30 e as urnas foram estregues por pessoas de bermuda. Isso dá margem para que eu acredite em fraude”, disse.
Mansur Lopes Lima, de 39 anos, reclamou da mudança de horário. “Hoje eu não trabalho, mas penso nos empregadores e nos empregados que poderiam vir mais cedo”, disse.
Nailda Paz, de 60 anos, disse que novo horário atrapalhou seu afazeres. “Eu tenho um bazar em uma ONG, que não começa enquanto eu não chegar. Eu cheguei as 6h40 e espero sair o quanto antes”, disse.
A ambulante Elizabethe Lima da Silva, de 57 anos, aproveitou a formação de fila, para vender pipoca. “Eu nunca fiquei em frente a colégios em dia de votação. Meu ponto é no Parque das Nações Indígenas, mas hoje vi a oportunidade de ganhar uma renda extra”, disse.
No Colégio Lúcia Martins Coelho, na área central da cidade, também já teve uma fila de pesssoas a espera da abertura dos portões para votação. Elas preferem votar logo cedo e ter o dia inteiro disponível para fazer outras coisas. Cerca de 35 pessoas já estavam no local desde às 7h da manhã.
“Sempre sou a primeira da fila, pois faço questão de chegar cedo e votar. Neste ano tenho uma escolha em que acredito, o Brasil está agitado nestas eleições”, disse a dona de casa, Maria Auxiliadora Leguizamon, de 45 anos.
Já Mário Santos, conhecido como “Marcão”, disse que veio do bairro Paulo Coelho, para votar aqui no centro. “Sempre dou um jeito de chegar mais cedo para evitar tumulto e trânsito”. Adelino Alves Pereira, 58, que trabalha com construção civil, disse que votar cedo é sempre mais tranquilo do que ao longo do dia. Ainda contou que tem saudades dos candidatos antigos. “Tenho saudade do Lúdio Coelho e do Wilson Barbosa Martins”.
No geral, eleitores conversaram com a reportagem e afirmaram estar esperançosos e, por isso, saíram cedo de casa. Apesar da liberação, o Campo Grande News não viu eleitores com camisetas de candidatos.