Nas ruas, moradores de Bandeirantes se dividem sobre nova eleição

Bandeirantes, cidade no norte de Mato Grosso do Sul a 70 km da Capital, volta às urnas no domingo (7) para escolher o novo prefeito em eleição suplementar. Nas ruas, dúvida e crítica são os sentimentos mais comuns.

O Campo Grande News ouviu de moradores as clássicas críticas aos políticos em geral e esperança com a futura gestão do município. Dona de casa, Evanir Suriano, de 65 anos, lamentou o clima tenso.

“Aqui só tem bagunça, perseguição e briguinha. Candidato só olha para o povo na eleição. Mas escolhi um candidato humilde e com pé no chão, porque não desperdiço meu voto”, conta.

A dona de casa Tereza Maria Conceição, de 54 anos, também reforçou que escolheu bem o voto. “Eu li todas as propostas, porque não vendo meu voto. Escolhi um que cuide dos idosos, só não sei se vai cumprir. Mas vamos ver se será bom até a próxima eleição”, disse.

Já o açougueiro Edson Vidal, de 39 anos, não está acompanhando a campanha. “Se juntar todos os candidatos, não dá um. Não sei em quem votar. Acho que vai ter muita abstenção, o povo não vende mais o voto”, opina.

Histórico - A eleição foi convocada após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) rejeitar em agosto, recurso especial do prefeito reeleito sub judice de Bandeirantes, Álvaro Urt (DEM), mantendo a candidatura indeferida.

Urt teve o mandato cassado pela Câmara Municipal após ser alvo da Operação Sucata Preciosa, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que investiga emissão de notas fiscais frias no serviço de manutenção da frota de veículos da prefeitura.

Mesmo com a candidatura indeferida, ele foi reeleito, mas não tomou posse. Eleito presidente da Câmara, o vereador Gustavo Sprotte (DEM) assumiu a chefia do Executivo Municipal.

Sprotte disputa o pleito com Zulene Diniz (PSDB), que foi vice de Urt em 2020; Milane Paiva (PSC) e Celso Abrantes (PSD). O novo prefeito tomará posse em 27 de novembro.