Nelsinho reage duramente a Jerson e o acusa de “desserviço” ao PMDB
O secretário extraordinário de Articulação com os Municípios e ex-prefeito da Capital, Nelsinho Trad (PMDB), criticou hoje duramente a posição manifestada pelo presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Jerson Domingos (PMDB), no sentido que os peemedebistas apoiem a candidatura de Delcídio do Amaral (PT) ao governo do Estado, seguindo a aliança nacional envolvendo os dois partidos. “Um verdadeiro desserviço ao partido; partido esse que lhe proporcionou espaço político para as suas vitórias eleitorais. O que se vê hoje é uma traição às hostes peemedebistas”, acusou Nelsinho esta tarde.
Nesta manhã, Jerson Domingos opinou que o PMDB de Mato Grosso do Sul deve seguir a aliança nacional e fechar parceria com o senador Delcídio do Amaral, indicando assim o candidato a vice para sucessão estadual e o nome para o Senado. Trata-se de uma posição que vem sendo defendida há vários meses por Jerson, que, contudo, agora, com a proximidade das definições no PMDB provoca reação incisiva de Nelsinho Trad, pré-candidato declarado ao governo do Estado.“Se há interesses pessoais envolvendo essa questão, entristeço por ser uma postura melancólica, anti-partidária”, afirmou Trad.
E lançou um desafio para Jerson, chamando-o para o debate interno. “Quero convidar esse companheiro para ver se ele tem a coragem de defender essa posição dentro das hostes partidárias, que esse é o local apropriado para tanto”, disse.
Dentro de um partido, segundo Nelsinho, é natural que existam opiniões divergentes em relação ao rumo que se deve tomar em futuras eleições. “Ainda bem que foi ressaltado que essa é uma opinião pessoal, desse membro partidário”, ponderou.
Decisão próxima – O secretário Nelsinho Trad reafirmou nesta terça-feira que no final dos encontros regionais do PMDB deve acontecer a definição do nome do candidato a governador da legenda, já que, para ele, outra opção não tem sido ventilada nas reuniões partidárias.
Nos três encontros regionais já realizados pelo PMDB, em Bodoquena (região do Pantanal) , Corxim (norte) e em Amambaí (região da fronteira), “há uma voz corrente de candidatura própria”, destacou Nelsinho. “E também nas reuniões da Executiva do partido, quando também se toca nesse assunto, a grande maioria opta por ter candidatura própria”, acrescentou.
Dentro do PMDB há hoje duas opções de candidatura própria, a de Nelsinho Trad e a da secretária estadual de Governo, Simone Tebet. “Temos esse dois quadros postulantes e ficou estabelecido que, ao se findar os encontros de Rio Brilhante (Grande Dourados), de Três Lagoas (Costa Leste) e de Campo Grande (região central), nós já teremos o nome definido para poder concorrer às eleições do ano que vem”, apontou Nelsinho.
Para ele, o que está faltando agora é “exatamente a participação destes que estão pregando voz dissonante”, no sentido de o PMDB apoiar outro candidato.