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Política

Nelsinho Trad antecipa reunião com Acrissul para discutir interdição

Edmir Conceição | 23/09/2011 14:53

Para o prefeito NelsinhoTrad, a questão não será resolvida promovendo mudanças no TAC ou na Lei do Silêncio, mas por meio do “diálogo”.

Diretores da Acrissul tentam saída para embargo de shows em reunião com Nelsinho Trad e mediação do deputado Fábio Trad (PMDB-MS).
Diretores da Acrissul tentam saída para embargo de shows em reunião com Nelsinho Trad e mediação do deputado Fábio Trad (PMDB-MS).

O prefeito Nelsinho Trad, depois de anunciar para segunda-feira, antecipou a reunião com a diretoria da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) para discutir a interdição do Parque de Exposições Laucídio Coelho para receber eventos musicais. Logo depois da agenda pública de manhã, Nelsinho recebeu o presidente da entidade, Francisco Maia, e o secretário e o tesoureiro, Cezar Machado e Luiz Vieira.

Desde dia 24 de abril, último dia de realização de show durante a Expogrande 2011, TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) determina que o parque não sedie mais shows até que a Acrissul promova reformas acústicas a fim de obter o licenciamento ambiental. A Acrissul entrou com o processo de licenciamento ambiental no dia 15 de julho e sugere que seja flexibilizado TAC porque há outras praças de show na Capital que não recebem a mesma exigência.

O presidente da Acrissul, Francisco Maia, chegou pedir na última quarta-feira aos vereadores de Campo Grande modificações na Lei do Silêncio votada neste ano. Segundo o prefeito Nelsinho Trad, por questões regimentais, a matéria só pode ser analisada no próximo ano. Ele também garantiu que o contato do presidente da Acrissul com os vereadores não encerra as conversas sobre o assunto.

Para o prefeito NelsinhoTrad, a questão não será resolvida promovendo mudanças no TAC ou na Lei do Silêncio, mas por meio do “diálogo”.

Reunião - Na reunião com diretores da Acrissul, com a participação do deputado federal Fábio Trad (PMDB-MS), a saída política para o impasse foi novamente apontada como um caminho, já que a entidade não teria tempo hábil para obtenção do licenciamento, em processo que se arrasta desde 15 de julho.

Hoje a Acrissul protocolou pedido de informações na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, para que esta forneça uma lista de todos os locais de Campo Grande que tenham licenciamento ambiental e são palco de shows musicais e outros eventos públicos, como Estádio Morenão, Praça do Rádio Clube, Feira Central de Campo Grande, Parque das Nações Indígenas, Praça do Papa. O pedido é para justificar a alegação da Acrissul de que possa haver tolerância.

“A intenção da associação é demonstrar ao Conselho Superior do Ministério Público de Mato Grosso do Sul que o caso envolvendo o Parque de Exposições Laucídio Coelho se trata de uma contenda pessoal do promotor Alexandre Raslan, já que outros locais que notoriamente não possuem licenciamento ambiental gozam de privilégio para realizar eventos sem quaisquer exigências como as impostas no acordo com a Acrissul”, diz nota da assessoria de imprensa da Associação dos Criadores.

Ainda segundo a nota, o presidente da Acrissul, Francisco Maia, entende que a medida imposta pelo MP está causando prejuízos incalculáveis para a associação, além de estar restringindo o acesso da população ao lazer e ao entretenimento a custo acessível. “A julgar pela situação atual – com a proibição de quaisquer eventos no Parque, a Acrissul não terá mais renda para promover suas atividades sociais”, argumenta. “E esse prejuízo também deve municiar a associação para ingressar no futuro com uma ação de reparação de danos contra quem de direito”, adverte Maia.

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