Nem direita, nem esquerda: 38% dos eleitores de MS se dizem sem posição política
Apesar de conservador, Mato Grosso do Sul está entre os cinco estados com mais eleitores de esquerda
A maioria dos eleitores sul-mato-grossenses não é nem de direita nem de esquerda e se considera sem posição política. É o que aponta a pesquisa “Panorama Político 2024”, realizada pelo DataSenado e divulgada nesta quinta-feira (26). O levantamento traça o posicionamento político do brasileiro com o objetivo de entender melhor as mudanças na opinião e no comportamento da população.
Apesar de conservador, Mato Grosso do Sul está entre os cinco estado com mais eleitores que se consideram de esquerda (16%), ficando atrás apenas de Pernambuco (18%), Rio Grande do Norte (18%), Ceará (17%) e Bahia (16%).
O número sul-mato-grossense também supera a média nacional, em que 15% dos eleitores se identificam com um posicionamento de esquerda.
O eleitorado de direita do País se concentra Rondônia (41%), Santa Catarina (37%), Mato Grosso (36%), Paraná (36%) e Roraima (35%). Já em Mato Grosso do Sul, os conservadores somam 31% dos eleitores. Mesmo não liderando o ranking, o número supera o índice nacional de 29% de pessoas de direita.
De acordo com a pesquisa, os sul-mato-grossenses que não são nem de esquerda, nem direita representam 38% do eleitoral do Estado. Se somado ao número de eleitores de centro (8%), o eleitorado que não identifica com nenhuma ideologia política chega a 46%.
Segmentos - O posicionamento de 53% dos brasileiros que se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas é de independência ideológica ou se consideram de centro. Já entre os eleitores brancos, há maior concentração de brasileiros de direita (32%).
A maioria das brasileiras com mais de 16 anos não se identificam com nenhuma ideologia política ou se declaram de centro (55%). Enquanto entre os homens, 34% dizem se identificar com a direita.
Entre os religiosos a maioria também não tem lado político, mas os evangélicos concentram os conservadores políticos, com 35% dos eleitores se considerando de direita.
No recorte por renda, quanto menor a renda maior o percentual de pessoas sem posição política, 47% dos eleitores que recebem até dois salários mínimos não se identificam com posições políticas. Entre os mais ricos aumenta o número de eleitores de esquerda (21%) e de direita (37%).
A pesquisa foi realizada entre 5 e 28 de junho, quando foram entrevistados, por telefone, 21.808 pessoas com 16 anos ou mais.
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