Nem todos os candidatos aparecem para assinar carta de compromisso pela infância
Confira quais são os 12 pontos assumidos por políticos para cumprir durante gestão em caso de vitória
Nem todos os candidatos à Prefeitura de Campo Grande participaram da cerimônia de assinatura da carta compromisso do Coletivo pela Infância, realizada na manhã desta quarta-feira (25).
A iniciativa, articulada por organizações e instituições da rede de proteção, tem como objetivo garantir que as propostas voltadas para crianças e adolescentes ocupem lugar central nos programas de governo dos candidatos. Confira os 12 compromissos assinados abaixo:
A prefeita Adriane Lopes (PP), candidata à reeleição, não compareceu ao evento e enviou a vice de sua chapa, Camila Nascimento (Avante), para representá-la. A ausência de Luso de Queiroz (Psol) também foi notada, enquanto os demais concorrentes à prefeitura marcaram presença.
Durante o evento, Camila Jara (PT) enfatizou a urgência de cuidar da infância para assegurar um futuro mais justo. “É muito importante a gente estar assinando esse compromisso. Primeiro porque uma cidade que não cuida das suas crianças e adolescentes é incapaz de cuidar de qualquer outro grupo geracional. Campo Grande tem se destacado negativamente nesse sentido. O índice de gravidez na adolescência e de violência contra crianças e adolescentes ainda é muito alto, e precisamos criar mecanismos para acolhê-los”, afirmou Jara.
Ela destacou que sua gestão irá desenvolver políticas públicas para assegurar a segurança e oportunidades iguais para todas as crianças, independentemente de sua condição social.
Beto Pereira (PSDB), por sua vez, reforçou a importância de transformar promessas em ações concretas. "O mais importante não é assinar, mas cumprir. Estamos dispostos a cumprir, principalmente a proposta de universalização do ensino infantil, que é uma garantia constitucional", disse o candidato, comprometendo-se a ampliar as vagas em Emei (Escolas Municipais de Educação Infantil).
Já Rose Modesto (União) focou na integração entre diferentes áreas da administração pública para proteger a infância. "Primeiro, é garantir a presença de todas as crianças na educação infantil, não aceitar nenhuma criança fora da creche ou Emei. Segundo, fortalecer a rede de proteção de forma integrada, com a saúde, segurança, educação e assistência social trabalhando em conjunto", declarou.
Ela também mencionou a necessidade de ampliar o número de conselheiros tutelares e de implementar escolas em tempo integral, além de propor uma patrulha municipal específica para ocorrências de violência infantil, semelhante à Patrulha Maria da Penha.
Ubirajara Martins (DC) destacou a urgência de enfrentar os problemas de saúde mental entre crianças e adolescentes. "Vamos investir em saúde mental, principalmente considerando a deficiência de atendimento nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que estão com mais de sete mil pacientes sem atendimento adequado. E essas crianças também estão dentro desse grupo", alertou, reforçando seu compromisso com as escolas integrais e com a expansão das Emeis.
A vice de Adriane, Camila Nascimento, ressaltou que a proposta de sua chapa coloca "vidas" no centro da gestão. "A carta compromisso reafirma isso. A infância começa desde o pré-natal e vai por toda vida. A gestão de Adriane preza isso sempre", disse, enfatizando a continuidade das políticas da atual administração.
Beto Figueiró (Novo) mostrou entusiasmo ao perceber a mobilização da sociedade civil em torno da infância. "Hoje, para mim, é o dia mais feliz da campanha, porque percebi um protagonismo da sociedade civil mobilizada com uma preocupação efetiva em prol dos nossos filhos. Me deu uma tranquilidade muito grande perceber que a sociedade está atenta à grande necessidade de investimento e mudança no olhar para nossas crianças", afirmou.
Coletivo - Débora Maria de Souza Paulino, defensora pública e coordenadora do núcleo de infância, destacou a importância do Coletivo pela Infância como uma força de pressão sobre os gestores públicos.
"O projeto foi criado com o objetivo de levar a preocupação com a infância como pauta prioritária para os candidatos, para que eles assumam o compromisso com as políticas públicas relacionadas a crianças e adolescentes", explicou.
Segundo a defensora, o grupo foi criado há aproximadamente um mês e seguirá unificando as demandas da rede de proteção para ganhar mais força.
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