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Política

No 2º maior colégio, 1ª da fila foi votar sem saber em qual candidato

Segundo turno das eleições começou às 7h, mas tinha gente esperando na fila às 5h

Gabrielle Tavares e Cleber Gellio | 30/10/2022 07:58
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Eleiotores esperando início da votação na Escola Dr. Plínio Barbosa Martins. (Foto: Marcos Maluf)
Eleiotores esperando início da votação na Escola Dr. Plínio Barbosa Martins. (Foto: Marcos Maluf)

Com 8.037 eleitores, a Escola Dr. Plínio Barbosa Martins, no Jardim das Macaubas, é o segundo maior colégio eleitoral de Campo Grande e por lá, a fila começou a se formar já por volta das 5h. A ansiedade para votar não se deve, no entanto, a eleger o próprio candidato, já que a primeira pessoa da fila ainda não havia decidido para qual iria seu voto.

"Deus vai tocar no coração", disse a aposentada Maurina Alves da Silva, de 63 anos. Ela mora no Bairro Los Angeles e chegou na escola às 5h para garantir o primeiro lugar porque tem problemas de saúde e não pode passar por situações de ansiedade, que para a aposentada, é gerada por locais com aglomeração.

O problema é sequela da covid-19, ela ficou um mês internada por causa da doença e desde então, precisa evitar locais com grande número de pessoas para não ter taquicardia, além de ter dificuldades de locomoção e de visão.

Eleitora Maurina Alves da Silva. (Foto: Marcos Maluf)
Eleitora Maurina Alves da Silva. (Foto: Marcos Maluf)

A indecisão também é sequela dos problemas de saúde, por assim dizer. Ela escolheu ficar alheia aos debates e propagandas eleitorais justamente para não ficar ansiosa, e por isso ainda não tinha se decidido por um candidato específico. Contudo, garantiu que conhecem quem são e que não anulará o voto.

A fila foi se intensificando com o passar das horas e perto das 7h, horário marcado para iniciar a votação em todo Brasil, ela já estava dando volta na rua. O colégio abriu com atraso de 3 minutos, pouco tempo que gerou irritação ao eleitores, que se aglomeraram em volta do portão. Após o incidente, o fluxo seguiu normalmente, sem transtornos.

Fila de eleitores no 2º maior colégio eleitoral de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)
Fila de eleitores no 2º maior colégio eleitoral de Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)

O auxiliar administrativo Adilsom Cursino Silveira, 48 anos, foi outro que chegou cedo para garantir o direito de cidadão. Ele é cadeirante, perdeu o movimento das pernas com 3 anos devido à poliomielite e acredita que o voto tenha a capacidade de interferir na acessibilidade de pessoas PCD's (Pessoas com Deficiência).

"Por exemplo, a vacinação da pólio está baixa, temos que escolher representantes que olhem para essa situação", apontou.

Ele morou em Sidrolândia por 8 anos, município a 70 quilômetros de Campo Grande, e nunca deixou de votar. Transferiu o título quando mudou para lá, e quando retornou para a Capital.

"Transferi meu título, nunca deixei de votar. Tenho quatro netas e reforço sempre para vacinação, jamais vou querer um neto meu assim, é uma forma de cobrar das autoridades porque a política está em tudo", completou.

Eleitora Adilsom Cursino Silveira chegando para votar. (Foto: Marcos Maluf)
Eleitora Adilsom Cursino Silveira chegando para votar. (Foto: Marcos Maluf)

O horário de votação nas Eleições 2022 foi unificado em todo o Brasil. No segundo turno, valem as mesmas regras do primeiro: de 7h às 16h em Mato Grosso do Sul. Alguns estados, devido ao fuso horário diferenciado, começam a votação mais cedo. Vale ressaltar que os eleitores que estiverem na fila para votar antes das 17h terão seu direito garantido mesmo com o encerramento do horário.

Para votar, é necessário levar apenas um documento de identificação oficial com foto, a apresentação do título de eleitor não é obrigatória. Também é possível votar a com a versão digital do título, obtida no Título, obtida no e-Título, aplicativo gratuito da Justiça Eleitoral. Se a sua foto já aparecer por lá, o app servirá de documento oficial de identificação.

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