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Política

Número de militares candidatos à Câmara Federal sobe quatro vezes em MS

Já para a Assembleia Legislativa, a média é a mesma de 2018

Jéssica Benitez | 18/08/2022 16:24
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Militar durante saudação à bandeira em Campo Grande. (Foto: Arquivo/Mariana Pacheco)
Militar durante saudação à bandeira em Campo Grande. (Foto: Arquivo/Mariana Pacheco)

O número de policiais e militares da ativa ou reserva que sustentam patentes em seus nomes de urna é quatro vezes maior entre os postulantes a deputado federal em Mato Grosso do Sul se comparando com as eleições de 2018.

A estratégia ganhou peso depois da vitória do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Nas eleições de quatro anos atrás, três candidatos a deputados federais e 20 estaduais usaram seus cargos como identificação aos eleitores.

Este ano são 14 nomes para deputado federal e outros 18 para estadual entre coronéis, tenentes, subtenentes, sargentos, um capitão dos bombeiros, além de delegados. Os partidos predominantes com esses nomes são PL, PRTB e PROS.

No pleito passado, nenhum foi eleito à Câmara dos Deputados, mas na Assembleia Legislativa o capitão do Exército Renan Contar (PRTB) conseguiu garantir uma das 24 vagas utilizando de sua posição e agora disputa o governo.

Mudança - Entre os casos, um chegou a mudar de nome de urna para entrar na onda de exaltação aos militares. O atual vereador Sandro Benites (Patriota) foi eleito na Câmara Municipal com o nome de urna ‘Dr. Sandro Benites’. Agora, pleiteia se tornar deputado estadual com o nome ‘Major dr. Sandro’, lembrando do cargo que ocupou no Exército após se formar médico.

Geral – No Brasil, conforme levantamento da Agência Pública, pouco mais de 1.500 políticos declararam ser das Forças Armadas, Policiais Militares e bombeiros.

Dentre eles estão militares reformados, ou seja, aposentados, mas que vão usar suas patentes para estampar seus nomes nas telas da cabine de votação.

Deste total, 822 se registraram como policiais militares, 245 como militares reformados, 118 disseram ser bombeiros militares e 60 informaram serem membros das Forças Armadas.

Os outros registraram ocupação com outras funções como vereador, deputado, servidor público e empresário.

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