Olarte põe esposa e vereador adversário no lugar de chefe do Gaeco
O prefeito afastado Gilmar Antunes Olarte (PP) acatou a determinação da Justiça e indicou duas testemunhas para substituir o promotor Marcos Alex Vera de Carvalho, chefe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Ele indicou como testemunhas de defesa, a esposa, a ex-primeira-dama Andréia Nunes Zanelato Olarte, e outro adversário, o vereador Derly dos Reis de Oliveira, o Cazuza (PP).
O presidente da Seção Criminal do Tribunal de Justiça, Dorival Moreira dos Santos, também determinou a condução coercitiva do ex-secretário municipal de Governo, o advogado Rodrigo Gonçalves Pimentel. Segundo o magistrado, ele não compareceu para testemunhar no dia 27 de novembro e não apresentou justificativa. O ex-secretário encaminhou um atestado médico para justificar a ausência na primeira sessão.
O julgamento de Olarte, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, será retomado às 9h do dia 22 de janeiro de 2016. Na ocasião, será ouvida a vice-governadora Rose Modesto (PSDB).
Além dela, também serão ouvidos Cazuza e Andréia Olarte. Eles foram indicados para serem ouvidos no lugar de Marcos Alex, que atuou como auxiliar da acusação e foi o responsável pela investigação que culminou na denúncia contra o prefeito afastado.
Cazuza é inimigo declarado de Olarte e se manteve fiel o tempo todo ao atual prefeito, Alcides Bernal (PP). Inicialmente, a defesa cogitou convocar o deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB) para depor a favor, mas acabou desistindo e convocando Cazuza. Outra testemunha convocada para o caso foi Ismael Faustino.
Além de Olarte, o julgamento envolve os ex-assessores da prefeitura, Ronan Edson Feitosa de Lima e Luiz Márcio Feliciano.