ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
SETEMBRO, TERÇA  03    CAMPO GRANDE 37º

Política

Para Carnaval da Capital se firmar, vereadores querem data no calendário oficial

Um projeto de lei propõe inclusão da data, enquanto outro quer criar uma frente parlamentar de defesa à folia

Por Cassia Modena e Caroline Maldonado | 03/09/2024 12:45
Banda anima foliões no bloco Cordão da Valú, em concentração na Esplanada Ferroviária de Campo Grande (Foto: Juliano Almeida/Arquivo)
Banda anima foliões no bloco Cordão da Valú, em concentração na Esplanada Ferroviária de Campo Grande (Foto: Juliano Almeida/Arquivo)

Faltam mais de cinco meses para o próximo Carnaval chegar, mas ele foi assunto na Câmara de Campo Grande nesta terça-feira (3). Houve a tentativa de colocar à mesa diretora dois PLs (Projetos de Lei) relacionados à festa, para serem votados em regime de urgência pelos parlamentares. Isso deve ficar para a próxima quinta-feira (12), no entanto.

A vereadora Luiza Ribeiro (PT) é a autora dos dois projetos e conversou com os colegas para agilizar a votação. Um deles pretende incluir o Carnaval como evento no Calendário Oficial de Eventos de Campo Grande e poderá vir com uma emenda para permitir qualquer entidade de realizar o desfile das escolas de samba.

O segundo projeto propõe criar uma Frente Parlamentar de Defesa do Carnaval dentro da Câmara, com vereadores discutindo a injeção de recursos dos cofres públicos para apoiar a folia.

Além da autora dos PLs, Valdir Gomes (PP) e Ronilço Cruz (Podemos) apoiam as propostas e querem a votação em regime de urgência, pensando na antecedência com que a festa é planejada e os prazos de discussão, votação e possível sanção dos projetos em leis municipais.

Para firmar - Luiza argumenta que incluir a tradição criada pelo povo no calendário oficial do município fará com que se firme e haja mais certeza quanto ao financiamento público.

"Todos os anos, quando está perto do Carnaval, a gente tem um problemão aqui na cidade. Ninguém sabe se o Carnaval sai, se não sai, se vai ter financiamento público, que tamanho que é o financiamento, se a rota que os blocos frequentam é uma rota permitida ou não é", disse a vereadora.

Escola desfila em passarela montada na Praça do Papa (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Escola desfila em passarela montada na Praça do Papa (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Já a ideia da frente parlamentar é para que a Câmara "tenha um espaço de diálogo com as autoridades municipais e estaduais a respeito do Carnaval", ela acrescenta.

Este ano a folia recebeu recursos do Município, do Estado de Mato Grosso do Sul e de emendas parlamentares. A proposta é consolidar a data e manter a frente de defesa para provocar um compromisso com os repasses.

R$ 22 milhões - Segundo a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, foi esse o valor que o Carnaval movimentou na Capital este ano.

Presidente da Lienca (Liga das Entidades Carnavalescas de Campo Grande), Allan Catarineli destaca que o desfile das escolas de samba ocorre desde a década de 1960.

"Já é uma cultura, uma tradição já consolidada na nossa Capital. A cada ano, o nosso Carnaval está se expandindo. Há essa necessidade de incluir no calendário oficial, considerando a tradição que nós temos, que as escolas de samba têm também, e o desenvolvimento econômico que ocorre durante esse período aí", fala o presidente da liga.

Alan relata a insegurança que existe. "Todos os anos, se muda prefeito, há uma dificuldade. Mas estamos sempre dialogando, porque o nosso carnaval é baseado em planejamento. A verba que nós dependemos do Estado e da Prefeitura não pode só vir na época do Carnaval, tem que vir com antecedência. É isso que estamos pleiteando. E também queremos ter nosso espaço consolidado, o nosso sambódromo", conclui.

Sessão de hoje - Os vereadores aprovaram quatro projetos e mantiveram três vetos do Poder Executivo.

Em única votação, foi mantido o veto total ao Projeto de Lei Complementar nº 745/21, que pede adaptação de brinquedos para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida nas escolas, praças e parques públicos e privados.

Também houve veto total ao Projeto de Lei nº 11.082/23, que cria a Política Municipal de Educação Ambiental de Campo Grande.

Outro veto foi ao Projeto de Lei nº 11.357/24, que acrescenta dispositivos à Lei nº 3.593, de 14 de dezembro de 1998, que cria a Agência Municipal de Transportes e Trânsito.

Em segunda votação, foi aprovado o Projeto de Lei nº 11.310/24, que insere o símbolo mundial de conscientização do TEA (Transtorno do Espectro Autista) nas placas dos estabelecimentos públicos e privados que têm vagas de estacionamento preferenciais para pessoas com deficiência.

Foram aprovados, ainda, um projeto que institui o uso de pulseiras da cor roxa para identificar pessoas portadoras da doença de Alzheimer; outro que inclui no calendário oficial da Capital o dia 9 de outubro como sendo o Dia do Açougueiro; e outro que reconhece como pessoas com deficiência as que têm fibromialgia.

LDO - Na sessão de hoje, o presidente da Câmara, vereador Carlos Augusto Borges, o "Carlão" (PSB), disse que ficará para esta quinta-feira (5) a discussão sobre quatro vetos da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).

Os vetos dizem respeito aos temas cultura, execução de obras e publicidade.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias