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Política

Para concentrar alvarás, 'Rei do Táxi' usou nome da esposa dona de casa

Moacir Joaquim de Matos morreu no ano passado, mas comissão convocou a mulher e o filho dele para explicar como conquistaram 51 licenças

Richelieu de Carlo | 10/07/2017 13:05
Elton presta depoimento aos vereadores da CPI do Táxi. (Foto: Izaías Mederiros/CMCG)
Elton presta depoimento aos vereadores da CPI do Táxi. (Foto: Izaías Mederiros/CMCG)

Com 51 alvarás de táxi entre membros da família, Moacir Joaquim de Matos, que morreu no dia 31 de outubro do ano passado, utilizou o nome da esposa para poder concentrar diversas permissões. A informação é do seu filho Elton Pereira de Matos, que prestou depoimento à CPI do Táxi, nesta segunda-feira (10).

Durante sua declaração, Elton confirmou que a mãe, Francisca Pereira dos Santos, possui 15 alvarás em seu nome mesmo sem administrar as concessões. “Minha mãe é uma dona de casa. Meu pai abriu os alvarás no nome dela para que pudéssemos prosperar nos negócios”, explicou.

Essa manobra foi necessária, pois em 1993 houve mudança na legislação impondo limite de no máximo 15 alvarás por pessoa jurídica.

Como já possuía 27, Moacir Joaquim de Matos, dono da Rádio Táxi, e considerado o 'Rei do Táxi' de Campo Grande, não pode mais incluir concessões em seu nome.

Depoimento – Elton Pereira de Matos, que possui 9 alvarás em seu nome, alegou que o pai começou em 1975 como auxiliar de táxi e que todos os alvarás foram concedidos de maneira lícita e tem todos os documentos comprovando.

"Conseguiu tudo de maneira licita, não sei porque existe a CPI se está tudo documentado. Não se compra alvará. O que existe no setor é que se alguém desiste de ser taxista vende o veículo e as benfeitorias realizadas no ponto. Com a venda, assina um termo de cedência do alvará", defendeu Elton.

O vereador Vinícius Siqueira (DEM), presidente da CPI, disse que vai convocar novamente as pessoas que faltaram e vai apurar os valores das vendas de carros e de benfeitorias.

"Ele assina um termo de cedência alegando que está recebendo de graça e o termo não é nada mais que isso. Vamos esperar o relatório final da CPI, mas no meu entendimento há irregularidade", destacou Vinicius após o depoimento.

Na próxima quarta-feira (12), serão ouvidos Benevides Juliace Ponce, Gleicekermen Bogarim Godoy Ponce, Marco Aurélio Ferreira, Maria de Lourdes Dantas Ferreira e Maria Helena Martins Panissa Startari.

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