Perto dos 100 dias de gestão, Bernal não nomeou chefe para Sedesc
Há quase três meses administrando Campo Grande o prefeito Alcides Bernal (PP) ainda não conseguiu completar seu secretariado. A Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e Agronegócio), por exemplo, permanece sem chefia até hoje. Esta semana alguns vereadores criticaram a demora de Bernal em nomear alguém à pasta.
Conforme o vice-presidente da Comissão Permanente de Indústria, Comércio, Agropecuária e Turismo, vereador pedetista Paulo Pedra, desde o início do ano a Capital já perdeu R$ 1 bilhão em investimentos. Estreante na Câmara, Chiquinho Telles (PSD), argumentou que a falta de secretário na pasta em questão pode acarretar sérios problemas para a instalação de um centro comercial no Bairro Moreninha.
“Essa demora pode fazer com que cerca de 2 mil empregos diretos deixem de ser criados porque os investidores querem alguém para tratar dos negócios, mas não tem”, disse o vereador do PSD. Para Airton Saraiva (DEM) Bernal poderia nomear o vice-prefeito, Gilmar Olarte (PP), para cuidar da pasta. “Ele é um excelente empresário”, destacou o democrata.
Um dos nomes cogitado pelo prefeito foi o do vereador Edson Kiyoshi Shimabukuro (PTB), também conhecido como “My Body”, porém, a sondagem ainda não surtiu efeito. Para o petebista, a possibilidade de ser guindado à secretaria por Bernal faz parte da estratégia para que o prefeito consiga mais adesões de vereadores.
A Sedesc foi criada em 2009 com o objetivo de promover o desenvolvimento autossustentável e competitivo do município por meio da formulação de políticas públicas e ações intersetoriais. Durante a gestão do ex-prefeito da Capital, Nelsinho Trad (PMDB) quem comandava a pasta era o vereador Edil Albuquerque (PMDB).