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Política

PF prende amigo de Cunha e mira empresa do grupo JBS na Lava Jato

Mayara Bueno | 01/07/2016 08:45
Lobista Lúcio Bolonha Funaro, ligado ao presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). (Foto: Reprodução Veja)
Lobista Lúcio Bolonha Funaro, ligado ao presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). (Foto: Reprodução Veja)

A PF (Polícia Federal) cumpre, na manhã sexta-feira (1º), uma nova fase da Operação Lava Jato, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Distrito Federal. Na ocasião, o doleiro Lúcio Bolonha Funaro foi preso. Ele é ligado ao presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Batizada de Sepsis, a nova fase é comandada pela PGR (Procuradoria Geral da República) e também tem como alvo a JBS, dona da Friboi, segundo informações da Folha de São Paulo. Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram autorizados pelo ministro TeoriZavascki, responsável pela Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal).

A ação é baseada nas delações de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa indicado por Cunha, e de Nelson Mello, ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo Hypermarcas.

Há suspeitas de que a JBS tenha pago propina, por meio de Funaro, para obter recursos do fundo de investimentos do FGTS, liberados por influência de Cleto. A empresa Eldorado Brasil Celulose, ligado ao grupo J&F, mesmo do frigorífico JBS, fez uma emissão de títulos de dívida de R$ 490 milhões em dezembro de 2012.

O STF também autorizou busca e apreensão na casa e no escritório do lobista Milton Lyra, ambos em Brasília.

Em MS – Com mercado em Mato Grosso do Sul, a JBS monopolizou, nos últimos anos, setor de carne bovina, adotando a estratégia de comprar os pequenos frigoríficos do Estado. Apesar do domínio do mercado, o gigante do setor também sofreu com a falta de bois para abate e a crise econômica entre o ano passado e este, o que resultou em demissões em algumas unidades e férias coletivas em outras.

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