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Política

Podemos votar a qualquer hora, diz Zé Teixeira sobre reforma da Previdência

Manifestantes ameaçam acampar no plenário se reforma não for tirada da pauta

Anahi Zurutuza e Leonardo Rocha | 23/11/2017 11:15
Protesto no plenário da ALMS (Foto: Paulo Francis)
Protesto no plenário da ALMS (Foto: Paulo Francis)

O 1º secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Zé Teixeira (DEM) disse que apesar de protestos, a casa de leis pode votar a reforma da Previdência estadual a qualquer momento, numa sessão extraordinária convocada para a noite por exemplo.

“Manifestações são válidas e democráticas, mas precisa ter respeito. Já vi várias manifestações com ofensas a deputados, mas nunca uma manifestação que invadiram o plenário e sentaram nas nossas cadeiras”, afirmou.

Nesta quinta-feira (23), quando a proposta do governo do Estado possivelmente seria aprovada em 2ª votação, manifestantes invadiram o plenário. O presidente do Legislativo estadual, Junior Mochi (PMDB), suspendeu a sessão.

Entrave – Uma comissão de sindicalistas foi convocada por deputados estaduais para reunião de emergência e já deixou a sala da Presidência. Os representantes dos servidores estaduais querem a retirada do projeto da reforma da Previdência, do governo do Estado, da pauta e ameaçam acampar na casa de leis.

Um dos porta-vozes do grupo e presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores na Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, explicou que a principal reivindicação é quanto a unificação dos dois fundos previdenciários existentes - um deficitário e o outro superavitário em R$ 400 milhões.

A fusão é combatida pelos sindicatos sob a alegação que no futuro, o fundo que tinha superavit – onde estão armazenados recursos das previdências dos servidores contratados a partir de 2012 – sofrerá um rombo em pouco tempo.

“Vamos acampar aqui até que o projeto seja modificado ou tirem da pauta para abrir o diálogo”, afirmou Teixeira sobre os pleitos feitos aos deputados.

Tiago Mônaco, da Associação Beneficente dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais oriundos do quadro de Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do Mato Grosso do Sul, completou: “não vão votar hoje se não abrirem espaço para diálogo”.

O secretário de Estado de Governo, Eduardo Riedel, foi convocado às pressas para reunião com os deputados depois que os sindicalistas fizeram as reivindicações.

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