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Política

Prefeito e secretário consideram injusta punição por atraso em 2° dose

Ministro do STF disse que gestores públicos podem responder por improbidade administrativa

Tainá Jara | 04/05/2021 18:51
O prefeito Marquinhos Trad e o secretário de Saúde Geraldo Resende (Foto: Paulo Francis)
O prefeito Marquinhos Trad e o secretário de Saúde Geraldo Resende (Foto: Paulo Francis)

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, e o secretário de estado de Saúde, Geraldo Resende, consideram injusta a possibilidade de punição a gestores municipais e estaduais por atraso na aplicação da segunda dose da vacinação contra a covid-19. Eles alegam que seguiram determinações do Ministério da Saúde.

Nesta segunda-feira, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse que gestores públicos com este problema podem responder por improbidade administrativa. Levantamento feito pelo jornal Folha de São Paulo mostrou que mais da metade das capitais do país está com falta de Coronavac para aplicar em quem precisa da imunização completa.

Ao menos nove municípios suspenderam a aplicação do imunizante produzido pelo Instituto Butantan: Aracaju, Belo Horizonte, Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Porto Velho, Recife e Rio de Janeiro. Na Capital, a vacinação foi retomada hoje, porém, quase 100 mil pessoas estão com a dose em atraso.

Marquinhos explica que não os lotes já chegam ao município com as aplicações definidas. “Não tem atraso do gestor, porque a gente recebe as vacinas do governo Federal e elas vêm rotuladas. Quando é a primeira dose, vem escrita. Quando é segunda dose, vem escrita segunda dose. Eu não posso ser responsável por algo que a gente não está tendo participação”, ressaltou.

O secretário Geraldo Resende afirmou que não há possibilidade do Estado ser responsabilizado pelo atraso, pois há registros em vídeo da orientação do então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello para aplicação da dose 1 para acelerar o processo de imunização. Além disto, a secretária trabalha de forma transparente com a chegada e distribuição do imunizante.

“Não tínhamos nenhuma previsão de que iria faltar o IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) e isso atrasaria a produção da Coronavac pelo Instituto Butantan. Mas, acredito que não erá nenhum prejuízo a nossa gente, nossa população, porque alguns estudos em andamento demonstram que esse prazo de alogamento maior pode até trazer maior eficácia da vacina”, afirmou.

Desempenho - Os atrasos podem comprometer o desempenhos de Mato Grosso do Sul na aplicação da vacina. Até ontem, o Estado era o segundo do País em número de pessoas vacinadas contra a covid-19. Mais de 16% da população já vacinou. Na Capital, o porcentual é de mais de 20%.

Até esta segunda-feira, o número de pessoas contaminadas para covid-19 era de 251.369   e 5.852 óbitos.

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