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Política

Prefeito fala em "bem x mal" e promete Cristo para abençoar cidade

A partir de 2 de janeiro, Município terá recursos garantidos para isso, ele diz

Por Cassia Modena | 31/12/2023 12:35


Depois de ser obrigado a manter os serviços da prefeitura funcionando no ano que vem, mesmo sem a aprovação pela Câmara da LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2024, o prefeito de Douradina, Jean Sérgio Clavisso Fogaça, o "Professor Jean" (PSDB), postou vídeo em suas redes sociais neste domingo (31).

Nele, garante que o essencial e emergencial irão funcionar normalmente e que irá publicar um decreto, em 2 de janeiro, com as diretrizes orçamentárias que garantem recursos de R$ 57 milhões para usar em obras e até na instalação de um Cristo Redentor na entrada da cidade. Ele ainda diz que a suplementação de 30% no orçamento, que virou briga política e levou à ameaça de que tudo iria parar na cidade, será possível.

"Após a gente saber que vamos poder contar com esses 30% de suplementação, nós temos a tranquilidade, a partir do dia 2, de começar a planejar 2024. Começar a planejar as obras importantes do município, [...] poder fazer a entrega do nosso Cristo Redentor na entrada da cidade [...]. É Jesus Cristo de braços abertos, abraçando a população de Douradinha, dizendo: sejam bem-vindos, aqui é um lugar abençoado, é um lugar onde o mal nunca vai vencer o bem, porque o que reina nessa cidade é Deus, que é o todo poderoso. Deus é bom, ele nunca erra e sempre tem razão", falou.

Se referindo à confusão com vereadores da oposição, que impediu a aprovação da lei com suplementação de 30%, como havia proposto, já havia dito no início da gravação que "nunca viu o mal vencer o bem". O discurso está disponível na íntegra nos perfis do prefeito no Facebook e Instagram.

Oposição - A vereadora Lucilene Borroquiel (Patriota) foi quem procurou o TCE (Tribunal de Contas Estadual) para denunciar a ameaça de suspensão aos serviços. O órgão emitiu parecer neste sábado (30), orientando o uso da LOA 2023 e obrigando o prefeito a manter tudo funcionando.

Ela explicou à reportagem que a maioria dos parlamentares não concordou com a suplementação de 30% pedida pelo Professor Jean e reprovou emenda à LOA 2024, porque há "gastança" no Município e o recurso extra dificulta a fiscalização pela Casa de Leis.

"Nós queremos ter controle. A prefeitura tem gastado muito. Faltam remédios nos postos de saúde, mas foram promovidas, por exemplo, duas palestras com criminalista para os servidores da saúde que custaram R$ 49 mil", denunciou.

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