Prefeitura abre sindicância com base em relatório da Coffee Break
A Prefeitura de Campo Grande instaurou sindicância para apurar indícios de enriquecimento ilícito por parte de servidor da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública). O procedimento foi adotado a partir de reportagem, publicada na sexta-feira (11) pelo Campo Grande News, sobre relatório do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) decorrente da Operação Coffee Break, que investiga suposto esquema de corrupção no processo que cassou o prefeito, Alcides Bernal (PP).
Na reportagem, foi revelado que o Gaeco achou movimentação financeira suspeita nas contas de 14 vereadores. A resolução que institui a sindicância, publicada nesta terça-feira (15) no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), não cita nomes, mas entre os parlamentares investigados está o médico Jamal Salem (PR), secretário de Saúde durante a gestão de Gilmar Olarte (PP).
Conforme a resolução “PE” Sesau número 2.248, a sindicância aberta pela Sesau pretende “esclarecer se houve desvio de recursos da Saúde”. O trabalho deverá ser feito em 30 dias, com três servidores sendo designados para tal.
Perguntado sobre o assunto nesta manhã, o secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, disse que somente ao fim da sindicância poderia revelar detalhes da apuração. Jamal, por sua vez, disse no sábado (12) que tem outras fontes de renda para justificar movimentação financeira considerada suspeita pelo Gaeco.