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Política

Chefe do MPE sai de férias e pode atrasar denúncia da Coffee Break

Michel Faustino | 08/12/2015 10:32
Procurador-geral da Justiça, Humberto de Matos Brites, ficará de férias por 10 dias. (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Procurador-geral da Justiça, Humberto de Matos Brites, ficará de férias por 10 dias. (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

O procurador-geral de Justiça, Humberto de Matos Brites, responsável por decidir os rumos da denúncia feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que apontou que 13 pessoas, incluindo-se oito vereadores, atuaram na suposta compra de votos para cassar o prefeito Alcides Bernal (PP), entra de férias nesta quarta-feira (9), e a ausência de 10 dias pode "prejudicar" o andamento do processo que deve ter um novo desfecho somente no próximo ano, em decorrência do recesso forense.

Conforme a assessoria de imprensa do Ministério Público, o relatório da investigação do Gaeco, concluído na última sexta-feira (4), deu entrada na PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça) ontem, dia 07. Oficialmente, o órgão tem 15 dias para fazer a análise do relatório e dar encaminhamento ao processo.

No entanto, o desfecho pode ser prejudicado por conta do recesso forense, que começa no dia 20 de dezembro, o que pode protelar a decisão para depois do dia 07 de janeiro, quando os trabalhos serão retomados.

Uma comissão especial composta pelos promotores: Ricardo Mello, Cristiane Mourão, Paulo Zeni e Fábio Goldfinger, foi designada para fazer a analise do relatório. E caso a decisão saia antes do recesso e prazo final, quem deve dar o devido encaminhamento é o procurador-geral substituto, Paulo Passos.

Investigação - O Gaeco concluiu que 13 pessoas cometeram crimes e podem ser denunciadas à Justiça pela suposta compra de votos para cassar o mandato de Alcides Bernal (PP) em 12 de março de 2014. No relatório, concluído e encaminhado hoje à Procuradoria Geral de Justiça, os promotores pedem a denúncia de oito ex-vereadores, do ex-vereador Alceu Bueno, do prefeito afastado Gilmar Olarte (PP) e do empresário João Alberto Krampe Amorim.

A Operação Coffee Break foi deflagrada no dia 25 de agosto deste ano, quando a Justiça determinou o afastamento de Gilmar Olarte do cargo de prefeito e de Mario Cesar Oliveira da Fonseca (PMDB) da presidência da Câmara. Na ocasião, 13 pessoas foram conduzidas coercitivamente a sede do Gaeco para prestar depoimentos.

Entre os investigados estavam os empresários João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco; João Baird, dono da Itel Informática; e Fábio Portela Machinski; os vereadores Mario Cesar, Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Waldecy Batista Nunes, o Chocolate (PP); Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB); Edson Shimabukuro (PTB), Paulo Siufi (PMDB), Gilmar da Cruz (PRB); Jamal Salem (PR), que era titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), e do ex-vereador José Alceu Padilha Bueno.

A partir da entrega, nesta sexta-feira, a Procuradoria Geral de Justiça terá 15 dias para analisar o processo e decidir pelo arquivamento ou denúncia dos 13 investigados. Marcos Alex está confiante na oferta da denúncia, que pode ser aceita ou recusada pela Justiça.

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