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Política

Gaeco conclui inquérito e deve denunciar vereadores nesta semana

Michel Faustino e Antonio Marques | 30/11/2015 14:52
PGJ fará analise da denúncia que em seguida será encaminhada para o TJMS. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
PGJ fará analise da denúncia que em seguida será encaminhada para o TJMS. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, pretende apresentar nesta semana denúncia sobre a operação Coffee Break, que investiga compra de votos de vereadores para cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), em março de 2014.

O Campo Grande News apurou que, antes de ser encaminhada a Justiça, caberá à PGJ (Procuradoria Geral de Justiça) fazer a analise da denúncia com o objetivo de atestar a necessidade se fazer novas diligências antes do tramite final. Somente o relatório com as informações recuperadas pela perícia realizada nos celulares dos envolvidos contém cerca de 39 mil páginas.

A informação é de que esse processo esteja concluso até a quarta-feira, 2 de dezembro e posteriormente será encaminhado ao TJ (Tribunal de Justiça).

No dia 25 de agosto, a Coffee Break, que foi deflagrada após compartilhamento de provas com a Lama Asfáltica, deteve 13 pessoas para prestar depoimentos. A condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a ir, foi autorizada para nove vereadores: Mario Cesar (PMDB); Edil Albuquerque (PMDB); Airton Saraiva (DEM); Waldecy Batista Nunes (PP), o Chocolate; Gilmar da Cruz (PRB); Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão; Edson Shimabukuro (PTB), Paulo Siufi (PMDB) e Jamal Salém.

Na ocasião, também prestaram esclarecimentos o ex-vereador Alceu Bueno, que renunciou após escândalo de exploração sexual, e os empresários João Amorim, Fábio Portela Machinsky e João Roberto Baird. A Justiça autorizou o afastamento de Gilmar Olarte e Mario Cesar dos cargos. No mesmo dia 25 de agosto, mas em outro processo, o Poder Judiciário deu aval para a volta de Bernal à prefeitura.

Em desdobramento à operação Coffee Break, a Justiça decretou as prisões de Olarte e do empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, proprietário da Proteco Construções Ltda no dia 1 de outubro deste ano. O pedido de prisão temporária foi feito pelo MPE (Ministério Público do Estado) e deferido pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Luiz Cláudio Bonassini da Silva. Olarte ficou preso cinco dias, enquanto Amorim obteve habeas corpus e saiu após 34 horas.

Mario Cesar obteve aval da Justiça para retornar ao cargo de vereador na quarta-feira, mas antes renunciou ao cargo de presidente da Câmara Municipal. Os vereadores elegeram o novo presidente, João Rocha (PSDB), na sexta-feira (27).

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