Presidente da Assembleia, Gerson Claro, propõe uso do GNV no transporte coletivo
Substituição dos ônibus a diesel pode ser uma contrapartida exigida pelo Estado no repasse para a prefeitura
O presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), defendeu nesta quarta-feira (14) a gradativa substituição dos ônibus do transporte coletivo a diesel por modelos com motor movido a GNV (Gás Natural Veicular).
Ao falar durante a solenidade de lançamento da política de incentivo ao consumo do GNV, o deputado estadual apresentou o trabalho desenvolvido desde 2019, que tenta encontrar subsídios para o projeto que está alinhado com a política da atual gestão por um "Estado Verde".
Gerson propôs ao governador Eduardo Riedel (PSDB) que solicite à Prefeitura de Campo Grande a substituição dos ônibus a diesel por modelo com motor a GNV, como contrapartida para receber o repasse que garante o passe livre dos estudantes das escolas estaduais na Capital.
"Temos que começar a avançar neste processo de troca do diesel por um combustível limpo, que produz 80% menos gás carbônico", ponderou. O governador mostrou-se simpático à ideia e garantiu que vai trabalhar para viabilizar o projeto.
Curiosamente, durante a coletiva de imprensa no gabinete da prefeitura, na tarde de hoje, a pauta foi levantada, mas por parte do Consórcio Guaicurus não há interesse na iniciativa neste momento. Inclusive, os 71 novos ônibus que serão colocados em operação usam diesel como combustível.
Vale ressaltar que o contrato do transporte público da Capital foi assinado em 2012 e tem validade de 20 anos, com possibilidade de prorrogar mais dez. No entanto, nos últimos anos, a concessionária tem questionado os termos e pedido a revisão do contrato por ter dificuldade de cumprir com o documento.
Incentivos - A política de incentivo ao uso do GNV (Gás Natural Veicular) apresentada nesta quarta-feira pelo governador Eduardo Riedel prevê entre os benefícios a isenção do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos) para veículos movidos por fontes alternativas de combustíveis.
Também haverá a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de 17% para 12% no GNV para os revendedores e expansão da rede de gás veicular no Estado.
Os motoristas que utilizam o GNV também terão a suspensão de cobrança de taxas cobradas pelo Detran (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul). A MS GÁS concederá ainda um voucher (crédito) de R$ 1 mil em GNV, suficiente para rodar 3 mil quilômetros.
