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Política

Presidente da Câmara diz que reajuste de 2% foi combinado em 2015

Alberto Dias e Leonardo Rocha | 18/05/2016 13:25

Um acordo prévio, feito em 2015 com os servidores da Câmara Municipal, foi o responsável pelo reajuste de apenas 2% concedido esta semana aos funcionários da casa de leis. Conforme o presidente da Câmara, vereador João Rocha (PSDB), o reajuste contempla a política de redução de custos que culminou na devolução do duodécimo ao prefeito Alcides Bernal (PP) e que representa R$ 10,2 milhões economizados pelo Legislativo no ano passado.

Conforme Rocha, para receberem 5% de aumento em 2015, os colaboradores aceitaram ficar sem reajuste este ano. "Esse foi o acordo feito o ano passado com o então presidente , vereador Mário César (PMDB). Agora, apenas cumprimos o combinado, acrescentando mais 2% e aumento no bolsa alimentação", justificou o tucano. Segundo ele, o acréscimo de R$ 220 no vale alimentação quase dobra o valor do benefício e trata-se de "um recurso que entra líquido na conta do servidor, ou seja, que não tem descontos", disse, durante visita esta manhã à Caravana da Saúde.

O índice, já em vigor, é menor que os 9,57% que os parlamentares aprovaram na quinta-feira passada (12), por meio de emenda, ao projeto de lei proposto pelo Executivo em que pedia autorização para reajustar em 3,31% os rendimentos dos servidores do município. Na ocasião, tal índice que contemplava a inflação de janeiro a abril foi suplantando pelo Legislativo, que substituiu por 9,57% sob a justificativa que era o percentual proposto pela Prefeitura em março.


Antes da votação, a vereadora Luíza Ribeiro (PPS) reclamava de práticas divergentes para os servidores de ambos os poderes. "O presidente da casa, vereador João Rocha (PSDB), sabe que não pode dar 9,57% aos servidores da Câmara senão ele ficará inelegível. Mas por que o prefeito pode?", questionava a parlamentar que representa Bernal na Câmara. "A Câmara devolveu R$ 10 milhões no início do ano. Por que não puderam, então, conceder um reajuste maior?" acrescentou, reiterando que o projeto de 9,57%, encaminhado à Prefeitura, deverá ser vetado.

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