Protesto por reajuste e contra prefeito sacodem Câmara amanhã
Protesto por reajuste salarial e contra o prefeito Gilmar Olarte (PP) devem sacudir a Câmara Municipal, na sessão desta terça-feira (19). Só a ACP (Associação Campo-grandense dos Profissionais da Educação) promete levar cerca de 3 mil professores ao plenário.
“Vamos cobrar o cumprimento da lei do piso”, disse o presidente da ACP Geraldo Alves. Em janeiro, o Governo Federal deu reajuste de 13,01%, mas, até agora, os professores da Capital não ganharam a elevação salarial.
Antes de ir à Câmara, a categoria irá se reunir em assembleia para decidir se decreta greve. Nesta terça, não terá aula na rede municipal. “Queremos tão somente que o prefeito cumpra o piso”, reforçou o presidente da ACP.
Também prometem ir à Casa de Leis representantes do Sinte/PMCG (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem do Município de Campo Grande). Eles, porém, vão protestar contra o prefeito, acusado de dar “golpe do cheque em branco” em eleitores. O caso ganhou repercussão nacional, na noite de domingo (17), após reportagem do Fantástico.
“Atenção enfermagem e demais profissionais da saúde. Precisamos mobilizar o maior número de pessoas para engrossar o movimento amanhã na câmara de vereadores, às 8h, movimento este que pede a cassação do prefeito Gilmar Olarte”, espalharam representantes do sindicato em grupos de WhatsApp.
Eles também criaram páginas no Facebook para divulgar o protesto. “Vamos protestar contra a diminuição de postos de trabalho, não transparência das contas da prefeitura, não reajuste, perseguição de servidores e pelo prefeito ter nome envolvido em investigação do Gaeco”, detalhou o presidente do Sinte, Éderson Fritz.
Presidente da Câmara Municipal, o vereador Mário Cesar (PMDB) disse que ficou sabendo do protesto pelas mídias sociais. Para ele, a mobilização é resultado da insatisfação dos servidores pelos cortes de benefícios e não reajuste salarial associado à comoção social por ver o nome do prefeito envolvido em investigação de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Sobre o pedido de cassação, ele disse que a Câmara agir com “responsabilidade” e seguindo o “rito legal”. “Não podemos errar”, ponderou. O presidente contou ainda que, na manhã de hoje, o prefeito chamou os vereadores para reunião. “Ele tentou passar tranquilidade e garantiu inocência”, contou Mário Cesar.