PSB prevê intervenção em diretórios por desfiliação em massa e infidelidade
Presidente estadual, Paulo Duarte explica que partido quer se fortalecer para eleições de 2024
Partido de centro-esquerda, que apoiou o governador Eduardo Riedel (PSDB) nas últimas eleições, o PSB (Partido Socialista Brasileiro) tem uma orientação nacional para avaliar se alguns diretórios deverão ter intervenção, ou seja, um processo que pode resultar na troca da direção.
Em Mato Grosso do Sul, o partido vai discutir na terça-feira (7) os casos de Três Lagoas e Bandeirantes, mas outros municípios podem entrar na pauta, conforme o presidente do diretório estadual, o ex-prefeito de Corumbá Paulo Duarte.
Com isso, o partido, que tem 23 vereadores e nenhum prefeito em MS, quer se preparar para lançar candidaturas viáveis ou fazer alianças para concorrer com candidatos a prefeito ou vice-prefeito e aumentar para 50 o número de parlamentares nas Câmaras Municipais. Em Campo Grande, a sigla tem como pré-candidato a prefeito o presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Augusto Borges, o "Carlão".
Em Três Lagoas, o diretório não seguiu a orientação do partido de apoiar Riedel nas eleições de 2022 e há questões relacionadas aos planos para as próximas eleições que têm que ser discutidas, segundo Duarte. Em Bandeirantes, houve desfiliação de 51% dos membros e quando isso ocorre a regra é iniciar um processo de intervenção no diretório, informa o dirigente.
“Queremos lançar candidaturas viáveis e mudar esse quadro para fortalecer o PSB. Vamos comprovar se houve ou não fidelidade partidária", afirma Paulo Duarte, acrescentando que não fácil construir um partido, mas que não quer crescer a qualquer custo. Quem vem para o partido tem que seguir o estatuto”, avisa.
O presidente do PSB explicou que há um mês participou de reunião do diretório nacional em Brasília com os presidentes de todos os Estados e a pauta foi a avaliação do resultado das eleições do ano passado, além da preparação para eleições do ano que vem. Foi discutida a situação do partido em todo o país, com enfoque na questão da fidelidade partidária, pois muitos filiados eleitos pelo partido não fizeram campanha de apoio aos candidatos do PSB.
“Temos um objetivo de buscar candidaturas viáveis. Não dá para ter candidatos em todos os municípios. Então, onde não houver viabilidade vamos buscar alianças para vice de prefeito. Tem que ter critério e é importante deixar claro que não é algo que está partindo de mim. É uma orientação nacional agir dessa forma. A intervenção não é algo imediato. Vamos começar um processo de intervenção com direito a ampla defesa, seguir tudo o que é decidido pelo estatuto, que é nossa lei interna”, destaca Duarte.
O partido deve manter as pautas de centro-esquerda e evitar entrar em grupos com bandeiras extremas que não dialoguem com os demais, conforme Paulo.
O presidente do diretório em MS lembra que a principal referência do PSB, que mostra a "cara" do partido, é o vice-presidente da República Geraldo Alckmin, que já foi quatro vezes governador em São Paulo. “O PSB tem pautas muito claras em relação à questão social e econômica, é um partido que busca o equilíbrio para fugir da polarização”, detalha Duarte.
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