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Política

Recém-formado, G-6 ensaia “blocão” e quer a 1ª secretaria da Assembleia

Grupo de deputados estaduais pretende se manter unido e pleitear, também, mais espaços em comissões; atual primeiro secretário, Zé Teixeira deseja ficar no cargo

Humberto Marques | 05/12/2018 17:12
Gerson Claro, Herculano e Coronel David, que integram o G-6; grupo almeja se tornar bloco e disputar espaços em comissões e na Mesa Diretora. (Foto: Paulo Francis)
Gerson Claro, Herculano e Coronel David, que integram o G-6; grupo almeja se tornar bloco e disputar espaços em comissões e na Mesa Diretora. (Foto: Paulo Francis)

Anunciado na manhã desta quarta-feira (5) como G-5 e, horas depois, ganhando o incremento de mais um deputado estadual, o G-6 planeja se manter unido em 2019 na Assembleia Legislativa, garantindo espaços de destaque em comissões permanentes e, também, na Mesa Diretora. O grupo de deputados estaduais que apoia a candidatura de Paulo Corrêa (PSDB) à presidência da Casa mira a primeira secretaria, o segundo cargo mais importância na administração do Poder Legislativo, ameaçando as pretensões do atual ocupante, Zé Teixeira (DEM), que deseja continuar no posto.

Inicialmente, o grupo contava com Coronel David (PSL) e as bancadas do Solidariedade, composta por Herculano Borges e Lucas de Lima, e do Progressistas, com Evander Vendramini e Gerson Claro. Na tarde desta quarta, após reunião que sacramentou o apoio do grupo a Corrêa, foi anunciado o ingresso de Neno Razuk (PTB) no bloco. Seus integrantes, porém, reforçam a possibilidade de o bloco ganhar mais membros.

Herculano reiterou que o grupo, que se aproximou durante as eleições, deve seguir unido e, desta forma, busque mais espaços na Assembleia. “É natural que possamos pleitear espaços importantes na Mesa Diretora e nas comissões. E existe a possibilidade de recebermos mais (membros), conversamos com outros deputados que vão adentrar na Assembleia e formar o bloco durante o mandato”, afirmou.

Durante a reunião com Corrêa, foi confirmado que o bloco solicitou ao candidato a indicação do ocupante da primeira secretaria –cargo responsável pela gerência financeira da Casa de Leis e que assessora diretamente o presidente. Foi o segundo pedido encaminhado ao peessedebista –pela manhã, o MDB referendou apoio e solicitou a indicação do primeiro vice-presidente da Assembleia, cargo que deve ficar com Eduardo Rocha.

A ideia de Corrêa é discutir a solicitação com outros eventuais apoiadores –como o próprio DEM, de Teixeira, que até aqui teria oito votos, como apurou a reportagem, para continuar na primeira secretaria. Seu colega de bancada, José Carlos Barbosa, também já manifestou interesse ma vaga.

Representatividade – Apesar das composições de chapas, a eleição na Assembleia pode também envolver disputas isoladas por cada um dos sete cargos na Mesa Diretora (presidência, três vices-presidências e três secretarias), sendo mais frequente a busca por consenso a fim de evitar disputas.

Ainda segundo Herculano, apesar do pleito pela primeira secretaria, não foi adiantado um nome do grupo para o posto. Segundo ele, isso seria analisado entre seus membros –com a perspectiva de ganhar novos integrantes em breve.

A composição de blocos partidários é uma estratégia comum para garantir representatividade aos seus integrantes. Cada grupo funciona como uma bancada única e, pelas regras do Poder Legislativo, quando maior o partido ou bloco, mais membros ele pode indicar nas comissões permanentes, instâncias que realizam discussões temáticas ou analisam a regularidade de projetos de lei do Executivo e dos próprios parlamentares.

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