Reforma traz ambiente competitivo, analisa governador
Riedel foi a lançamento e inauguração de indústrias em Naviraí e enalteceu incentivos fiscais
O governador Eduardo Riedel participou esta manhã, em Naviraí, do lançamento da pedra fundamental de uma unidade industrial da Esmagadora de Soja da Copasul (Cooperativa Agrícola Sul-mato-grossense), e aproveitou a oportunidade para mencionar a importância do esforço do Estado em conseguir manter na reforma tributária os incentivos fiscais. Segundo ele, é em parte por causa dos incentivos que o governo concede que é possível atrair empresas.
O empreendimento anunciado hoje tem investimentos estimados em R$ 1,4 bilhão. Riedel disse que Mato Grosso do Sul não perde receitas, ele ganha um ambiente competitivo. O governador foi defensor da reforma, articulou-se com os representantes de outros Estados, no grupo do Centro-Oeste houve debate sobre as preocupações com as perdas diante da mudança da sistemática da tributação dos bens de consumo, saindo do modelo atual do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias), que será extinto junto com outros impostos para o surgimento de um imposto apenas sobre bens, para a cobrança no local em que são consumidos.
Já no grupo dos estados maiores, do Sudeste e Sul, ele também foi convidado para se aliar na defesa de medidas que assegurassem a autonomia de cada unidade da federação. Riedel comentou que acompanhou “muito de perto” e defendeu o que considerou “pontos sensíveis”, mencionando fundos e incentivos fiscais, que serão mantidos.
Conforme analisou esta manhã, o Congresso entendeu que era o momento para reformular o sistema tributário, com o modelo atual implementado a partir dos anos 60 em um emaranhado do tributos, enquanto a maioria dos países já havia migrado para o IVA (Imposto Sobre Valor Agregado).
Dianteira em investimentos – No lançamento da pedra fundamental, esta manhã, o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, delineou o cenário econômico que o Estado alcançou, apontando que Mato Grosso do Sul está na dianteira em volume de recursos investidos pelo setor privado.
Conforme Verruck, os empreendimentos anunciados somavam R$ 58 bilhões, chegando aos R$ 60 bilhões com as novas iniciativas contabilizadas nesta sexta. Ele apontou que o empreendimento vai agregar valor ao processar a soja, produzindo farelo, óleo e casca peletizada e gerar mais empregos e impostos.
A unidade terá capacidade para processar 3 mil toneladas ou 50 mil sacas de soja por dia, gerando 150 empregos diretos e 1,9 mil indiretos quando estiver em pleno funcionamento. A produção da unidade vai representar um aumento de 20% da capacidade de processamento de soja pelo MS, saindo de 14,5 mil toneladas para 17,5 mil diárias. I
O secretário também destacou a importância do cooperativismo para a economia local, correspondendo a 10% das riquezas que compõem o PIB do Estado e cerca de metade dos valores investidos ao longo do ano passado. Verruck mencionou que o Governo trabalha pela estruturação de incentivos fiscais e acesso ao FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste).
Já o governador descreveu a importância da logística que está sendo estruturada, com estradas, a Hidrovia Paraguai-Paraná e ainda apontando a Rota Bioceânica e a possibilidade de ampliar relações comerciais com a Ásia. A condição vai fortalecer as cadeias produtivas, analisou, ao citar os investimentos estatais e que o Governo está no topo da disposição de recursos proporcionalmente às receitas.
Além da esmagadora de soja, também foi inaugurada na cidade a unidade industrial de fiação II da Copasul em Naviraí, com capacidade de produzir fios 100% de algodão e misturas (algodão e poliéster), elevando a produção de 16,8 mil para 24 mil toneladas por ano, gerando 81 empregos diretos e 200 indiretos e investimento de R$ 88 milhões.