Relatora é a favor que Trutis responda criminalmente por atentado fake
Ministra que relata o processo, Rosa Weber votou na tarde desta sexta-feira
A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber, recebeu a denúncia contra o deputado federal Loester Trutis (PL), suspeito de forjar atentado contra si, em fevereiro de 2020 quando, junto ao chefe de seu gabinete Ciro Nogueira Fidelis, voltava de Sidrolândia para Campo Grande.
Em sessão virtual realizada na tarde desta sexta-feira (5) a ministra, que é relatora do caso, concluiu que “os argumentos trazidos pela Defesa não são suficientes para, nessa fase procedimental, desqualificar a base empírica reunida no curso da investigação, a qual dá suporte aos enunciados fáticos formulados na tese acusatória”.
Em seguida, ressaltou que aceitar a denúncia não significa “antecipação de juízo de valor de respeito da responsabilidade criminal dos denunciados, em benefício dos quais vigora a presunção de inocência”. O julgamento começou nesta sexta-feira e termina no dia 15 de agosto.
Caso – Loester e Ciro voltava, de Sidrolândia para Campo Grande quando o carro em que os dois estavam foi atingido por vários tiros. No Facebook Trutis publicou mensagem alegando ter sido alvo de atentado e, por isso, justificou ter revidado a agressão. Oito meses depois, a Polícia Federal concluiu que o parlamentar montou a farsa com ajuda do seu assessor.
Com base nas provas apresentadas pela PF, o STF autorizou uma operação contra o parlamentar, desencadeada em 12 de novembro de 2020. Trutis chegou a ser preso, mas foi liberado horas depois por determinação da ministra Rosa Weber.
Nas redes sociais, o deputado alega estar sendo vítima de complô “da esquerda” para “assassinar sua reputação”. Durante o trâmite do processo a Justiça teve dificuldade em encontrar Trutis para notifica-lo.