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Política

Relatório de CPI em MS é entregue para comissão de inquérito no Congresso

Nyelder Rodrigues | 02/10/2017 23:32

Foi entregue ao Congresso nesta segunda-feira (2) pelo deputado estadual Paulo Corrêa (PR), presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apurou na Assembleia Legislativa irregularidades fiscais e tributárias da JBS em Mato Grosso do Sul, um relatório do trabalho feito no Estado.

O relatório foi passado para o presidente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da investigação nacional em Brasília (DF) sobre a JBS, o deputado federal Carlos Marun (PMDB), eleito por Mato Grosso do Sul.

As duas comissões firmaram um acordo de cooperação e, de acordo com Corrêa, após analisar os cinco Tares (Termos de Acordo de Regime Especial), a CPI já tem todas as provas de que a JBS deixou de cumprir os acordos com o Estado.

"Foi um trabalho detalhado, feito pelos auditores cedidos à CPI e que detectou muitas irregularidades nas notas fiscais. Encerramos as investigações na semana passada e agora estamos finalizando o relatório", frisa o deputado, que completa.

"Com isso já temos documentos suficientes para colaborar com a CPMI. Hoje entreguei um relatório ao deputado Carlos Marun, e assim, esperamos contribuir com as investigações que estão sendo feitas pelo Congresso", frisa o republicano.

A CPI em Mato Grosso do Sul foi instalada em junho e após 63 dias de investigação detectou que, somente no Tare firmado entre a JBS e a atual administração estadual, a empresa deixou de investir R$ 285 milhões, se beneficiando, sobre este valor, de R$ 99 milhões em incentivos fiscais.

A promessa era ampliar as oito unidades frigoríficas instaladas em Mato Grosso do Sul. Além disso, 93% das notas fiscais apresentadas pela empresa nas prestações de conta apresentaram irregularidades.

Paulo Corrêa afirmou que nos demais Tares, firmados nos dois governos anteriores, apenas para saída de boi vivo do Estado, a empresa deixou de cumprir acordos, como o aumento de abate nas unidades. A CPI descobriu ainda que não há registro da passagem dos animais pelos postos fiscais do Estado, já que as notas estão sem carimbo.

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