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Política

Simone lista cinco pontos, mantém críticas, mas declara apoio a Lula no 2° turno

Emedebista almoçou com o presidenciável antes do pronunciamento

Jéssica Benitez | 05/10/2022 15:30
Simone Tebet confirma apoio a Lula no 2° turno das eleições (Foto Assessoria)
Simone Tebet confirma apoio a Lula no 2° turno das eleições (Foto Assessoria)

A senadora sul-mato-grossense, Simone Tebet (MDB), que concorreu à Presidência da República e obteve o terceiro lugar nas urnas com 4,2% dos votos, declarou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais.

Em manifesto à nação, ela manteve as críticas que teceu ao petista enquanto candidata, listou cinco pontos de seu plano de governo que devem ser aderidos pelo ex-presidente e justificou que tomou decisão de apoiá-lo porque não acredita que a atual gestão, do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), respeite de fato a democracia.

“Por tudo isso, ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em especial nos últimos dias de campanha, quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, o que é legítimo, mas sem apresentar suas propostas para os reais problemas do Brasil, depositarei nele o meu voto, porque reconheço seu compromisso com a Democracia e a Constituição, o que desconheço no atual presidente”.

A emedebista se desculpou amigos e companheiros que, segundo ela, imploraram que se mantivesse neutra com medo que perda capital político devido ao tom hostil instalado nas ruas devido à polarização no último confirmada no domingo (2).

Mas, após citar que foi às ruas pelas Diretas Já, disse que “seria desonrar a história de vida pública de meu pai e de homens históricos do meu partido e da minha coligação. Não anularei meu voto, não votarei em branco. Não cabe a omissão da neutralidade”.

Também citou o uso do evangelho na guerra política que se colocou no Brasil, o movimento negacionista que atrasou a chegada da vacina contra a Coivd-19 aos brasileiros e a banalização da liberação das armas de fogo.

“A mentira feriu a verdade. O ouvido conciliador deu lugar à voz esbravejada. O conceito de humanidade foi substituído pelo de desamor. O Brasil voltou ao mapa da fome. O orçamento, antes público, necessário para servir ao povo, tornou-se secreto e privado”.

Após ressaltar que mantém as críticas que fez aos dois candidatos que disputam o comando do País, afirmou que seu apoio não é por adesão e sim por um Brasil fora do mapa da fome, inclusivo, com saúde e educação.

“Um Brasil com reformas estruturantes, que respeite a livre inciativa, o agronegócio e o meio ambiente, com comida mais barata, emprego e renda”. Por fim elencou os cinco pontos que devem ser respeitados pelo eventual governo do PT.

Confira-os abaixo:

Educação: ajudar municípios a zerar filas na educação infantil para crianças de três a cinco anos e implantar, em parceria com os estados, o ensino médio técnico, com período integral e conectividade, garantindo uma poupança de R$ 5 mil ao jovem que concluir o ensino médio, como incentivo para que os nossos jovens voltem à escola;

Saúde: zerar as filas de cirurgias, consultas e exames não realizados no período da pandemia, com repasse de recursos ao SUS.

Endividamento: resolver o problema do endividamento das famílias, em especial das que ganham até três salários mínimos mensais;

Equidade: sancionar lei que iguale salários entre homens e mulheres que desempenham, com currículo equivalente, as mesmas funções. Esse projeto já foi aprovado no Senado Federal e encontra-se parado na Câmara dos Deputados.

Paridade: um ministério plural, com homens, mulheres e negros, todos tendo como requisitos a competência, a ética e a vontade de servir ao povo brasileiro.

Simone e Lula almoçaram antes do anúncio e na manhã desta quarta-feira (5) a executiva nacional do MDB liberou correligionários a tomarem acerca de apoio na segunda etapa das eleições.

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