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Política

Simone Tebet cobra governo sobre informações da venda da UFN 3

Senadora pediu apoio de colegas para cobrarem explicação a ministro e do presidente da Petrobras

Adriano Fernandes | 09/03/2022 20:50
Senadora Simone Tebet. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Senadora Simone Tebet. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

A senadora Simone Tebet (MDB) pediu o apoio dos senadores para subscreverem um requerimento de sua autoria em que solicita informações ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e ao presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, para prestar esclarecimentos ao Senado sobre a venda da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados, a UFN-III, da Petrobras, instalada em Três Lagoas (MS), à empresa russa Acron.]

A transação pode ser afetada pela guerra iniciada pela Rússia contra a Ucrânia. Em pronunciamento nesta quarta-feira (9), a senadora lembrou que esta se trata da maior fábrica de fertilizantes da América Latina. O empreendimento, que já está com 83% das obras concluídas, teria a capacidade de reduzir as importações de fertilizantes consumidos no Brasil em pelo menos 50%. Ao diminuir a dependência desse insumo, os brasileiros poderiam ter acesso a alimentos mais baratos, afirmou.

"Trata-se de uma fábrica que pode ser construída em oito meses pela própria Petrobras, talvez com 2 bilhões de reais, e que pode ser vendida por 5 bilhões de reais a qualquer cooperativa ou a qualquer empresa no Brasil, para poder colocar o produto em nossa lavoura. O que eu quero dizer com isso é que o assunto é muito sério", comentou.

Na opinião da senadora, caso a venda seja concluída, não será um bom negócio para o país. Isso porquê a concretização do negócio, nos termos atuais, não será para produzir o insumo no país. Servirá apenas para misturar o fertilizante importado da Rússia, segundo a Simone.

"Nós estamos entregando um patrimônio nacional, dinheiro público, investimento nosso, para continuar a depender da Rússia na questão de fertilizantes. Ou alguém acha que o presidente Putin vai autorizar a maior fábrica dele a produzir fertilizantes no Brasil? Evidentemente, não, até porque é questão de contrato, o que faz supor que a “outra parte” tenha concordado e subscrito", concluiu.

Com informações da Agência Senado***

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