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Política

Sindicalistas e comissionados atacam vice e vereadores em ato no Centro

Edivaldo Bitencourt e Leonardo Rocha | 28/12/2013 10:46
Abílio fez o discurso solitário em defesa de prefeito (Foto: Leonardo Rocha)
Abílio fez o discurso solitário em defesa de prefeito (Foto: Leonardo Rocha)

A manifestação contra a cassação do mandato do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), reuniu, na manhã deste sábado (28), cerca de 40 funcionários comissionados e sindicalistas. Eles distribuíram 2 mil panfletos e usaram um carro de som para atacar os vereadores, que foram obrigados a suspender a sessão de julgamento pela Justiça, e o vice-prefeito Gilmar Olarte (PP).

O ato começou às 8h na Rua Barão do Rio Branco, próximo da Rua 14 de Julho, no Centro, e reuniu um pequeno grupo. Entre os participantes estavam os secretários municipais de Saúde, Ivandro Fonseca, e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Odimar Marcon, e a presidente da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Delegados, Ritva Cecília Queiroz Vieira.

Segundo Ritva, o objetivo é esclarecer a população sobre a briga judicial em torno da cassação de Bernal. A Câmara Municipal marcou o julgamento para quinta-feira (26), um dia após o Natal, mas interrompeu o processo de cassação por determinação do vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador João Batista da Costa Marques. Ele deu duas liminares no mesmo dia para evitar a cassação do prefeito.

“A Justiça só deu parecer favorável porque a Comissão Processante não atendeu os requisitos legais nem apontou atos de improbidade do prefeito”, afirmou a dirigente da agência. “Eu acredito na Justiça, mas temos que esclarecer a população”, ressaltou.

Ocupando o microfone, o coordenador do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, Abílio Borges, atacou o vice-prefeito Gilmar Olarte, escolhido por Bernal para ser o coadjuvante nas eleições do ano passado. “Quem é esse vice? Qual é o nome dele? O que ele pode oferecer melhor do que o Bernal? A população não sabe de suas intenções”, afirmou.

Ele também atacou os vereadores. “Não podemos aceitar esse golpe”, gritou. Em seguida, contou que a sessão foi convocada para depois do Natal, mas foi impedida pelos movimentos sociais. “Ocupamos a Câmara e tivemos o respaldo da Justiça”, comentou. Ele disse que o prefeito tem o respaldo de 270 mil pessoas, que votaram nele em outubro do ano passado.

Poucas pessoas compareceram ao evento que teve a presença até do fotógrafo de Bernal (Foto: Leonardo Rocha)
Poucas pessoas compareceram ao evento que teve a presença até do fotógrafo de Bernal (Foto: Leonardo Rocha)
Coordenadores de movimentos sociais, como o dos sem-teto, reforçaram protesto no Centro (Foto: Leonardo Rocha)
Coordenadores de movimentos sociais, como o dos sem-teto, reforçaram protesto no Centro (Foto: Leonardo Rocha)

Abílio defendeu que Bernal permanece até 2016 no cargo. “Se ele não fizer uma boa administração, vamos tira-lo por meio do voto em 2016”, afirmou.

O presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Alves Gonçalves, também defendeu a manutenção de Bernal na prefeitura. “Somos a favor de um entendimento entre o prefeito e os vereadores”, defendeu. Ele disse que a entidade engrossou a defesa do prefeito porque sempre participou dos grandes atos, como o movimento pelas Diretas-Já e pelo impecheament do presidente Fernando Collor de Melo.

Há 10 anos no comando da ACP, Gonçalves disse que sempre manteve um bom diálogo com os prefeitos da Capital. “A população está sendo prejudicada com essa disputa política”, argumentou.

O grupo promete voltar a realizar nova manifestação amanhã, mas desta vez no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho, no Centro. Eles vão distribuir panfletos e adesivos para os veículos.

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