Só petistas votam contra e moção de congratulação a Marun passa na Assembleia
Depois de motivar bate-boca entre deputados no dia anterior, parlamento aprova homenagem a deputado federal de MS que deve ser nomeado ministro de Temer nesta quinta-feira
Com votos contrários apenas dos quatro deputados estaduais do PT, o plenário da Assembleia Legislativa aprovou na manhã desta quarta-feira (13) moção de congratulações ao deputado federal Carlos Marun (PMDB), que amanhã (14) será empossado ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República. A homenagem havia sido proposta no dia anterior e causou discussões na Casa, sendo rejeitada pelos petistas –que fazem oposição à gestão do presidente Michel Temer.
Apresentada pelo deputado estadual Paulo Siufi (PMDB), a moção teve a adesão de mais dez parlamentares à sua autoria. Em votação simbólica –quando os deputados não precisam manifestar verbalmente o voto–, Amarildo Cruz, Cabo Almi, João Grandão e Pedro Kemp se levantaram, gesto que representou posição contrária à proposta.
Apesar disso, a moção foi aprovada por larga maioria: Dos 22 deputados, 18 votaram a favor da homenagem a Marun.
Justificativa – Questionado sobre a objeção ao projeto, Kemp repetiu os argumentos apresentados na terça-feira (12). Entre eles, o fato de Marun ter apoiado o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e atuar na articulação de reformas combatidas por partidos de esquerda e sindicatos –como a trabalhista e a da previdência, ainda em discussão no Congresso.
“No ministério ele vai fazer o que já fazia antes, isto é, articulação pelo governo. Não muda a atividade, por isso não aceito a moção”, disse Kemp.
O tema esquentou os ânimos da Assembleia na terça, com bate-boca entre Kemp e o líder do PMDB na Casa, Eduardo Rocha. O petista havia dito que faria questão de votar contra o “golpista”, ouvindo do peemedebista que ele poderia votar como quisesse, mas “deveria ter mais respeito com Carlos Marun”.
Novamente se valendo do discurso de “golpe” contra Dilma, Kemp acusou Marun de votar “contra a população”. O presidente da Casa, Junior Mochi (PMDB), precisou intervir na discussão.