Termina hoje o prazo para JBS entregar documentos a CPI em MS
Empresa precisa enviar dados sobre contratos até o final do dia
Termina hoje (03) o prazo para empresa JBS enviar documentos para CPI (Comissão de Parlamentar de Inquérito) aberta na Assembleia, relativos aos contratos de incentivos fiscais feitos com o governo de Mato Grosso do Sul, assim como as notas emitidas durante este período.
A empresa foi notificada no último dia 27 (junho), tendo cinco dias corridos para entregar toda documentação relativo aos cinco Tares (Termos de Ajuste de Regime Especial) firmados, que foram citados na delação premiada, e por esta razão serão investigados pela CPI.
"Se levássemos em conta os cinco dias corridos, (documentos) deveria ser entregue no sábado (1), mas como a Assembleia não trabalha neste dia, vamos esperar até o final desta segunda-feira", explicou o presidente da CPI, o deputado Paulo Corrêa (PR).
O Campo Grande News entrou em contato com a empresa da JBS, questionando se eles iriam enviar a documentação e colaborar com a CPI. Por meio da assessoria informou que "houve grande número de informações e provas já entregues, e que os colaboradores continuam disponíveis para cooperar com a Justiça".
Também salientaram que estão sendo identificadas outras informações relativos ao processo e que "documentos complementares" à investigação, também serão entregues à Justiça. A empresa não especificou sobre sua atuação na CPI.
Documentos - Será entregue no final da manhã, os documentos sobre os incentivos fiscais pela Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda), já com a assinatura digital do secretário Márcio Monteiro, que foi um pedido dos integrantes da CPI, para dar segurança aos trabalhos, já que este material tem sigilo fiscal.
"Foi uma precaução levantada pela assessoria jurídica, desta forma todos os documentos enviados a CPI terá a minha e a assinatura (digital) do secretário, pois se houver vazamento, poderemos provar que não foram aqueles enviados a nós", explicou Corrêa.
A partir desta documentação é que a CPI começará a fazer a avaliação, tendo três profissionais para fazer a auditoria. "Reservei uma sala no meu gabinete para que eles possam fazer a devida avaliação e a cada dia, faremos uma reunião para discutir o que foi descoberto", disse o presidente.
A CPI ainda pretende fazer visitas e conferir "in loco" as plantas e empresas que receberam incentivos fiscais, assim como convocar pessoas para prestar depoimentos. Já foi confirmado inclusive que os donos da JBS, Joesley Batista e Wesley Batista e o do executivo da empresa, Ricardo Saud, serão chamados.